SLB FINALIZOU A CONSTRUÇÃO DE POÇO DE INJEÇÃO DE CARBONO PARA A FS NO MATO GROSSO

SLB FINALIZOU A CONSTRUÇÃO DE POÇO DE INJEÇÃO DE CARBONO PARA A FS NO MATO GROSSO
12 de dezembro de 2025

A SLB anunciou hoje (12) a finalização do poço destinado à injeção de carbono do primeiro projeto de Bioenergia com Captura e Armazenamento de Carbono (BECCS, na sigla em inglês) do Hemisfério Sul, em Lucas do Rio Verde (MT). Com essa etapa concluída, a companhia iniciou os testes de injetividade, que têm como finalidade confirmar a viabilidade técnica da injeção de CO₂ no subsolo — a fase central do empreendimento, que deve se estender por algumas semanas, entre a execução e a avaliação dos dados coletados.

O projeto pertence à FS, uma das principais produtoras de etanol de milho do país. A SLB venceu a concorrência para a perfuração e análise de dois poços, ampliando uma colaboração que já dura três anos. Após a conclusão e a validação de todas as fases do projeto, a FS terá a possibilidade de injetar no subsolo as emissões atuais de carbono da planta de Lucas do Rio Verde — somando 423 mil toneladas anuais — por um período de 30 anos, resultando em uma capacidade estimada de estocagem de 12 milhões de toneladas de carbono ao longo desse intervalo.

A conclusão da perfuração do poço e o início dos testes de injetividade consolidam o avanço da parceria entre a SLB e a FS em direção ao armazenamento seguro e permanente de carbono, contribuindo para a redução das emissões e o fortalecimento da transição energética no Brasil”, afirmou a SLB, em comunicado.

A captura e o confinamento permanente do CO₂ liberado diretamente na fermentação do milho durante a produção de etanol possibilitam a fabricação de um combustível com pegada de carbono negativa, contribuindo para acelerar a descarbonização de diferentes setores industriais.

A SLB destaca que o projeto introduz duas tecnologias inéditas. A primeira é um sistema de monitoramento por fibra óptica, chamado SLB Optiq, que oferece maior precisão, transparência e confiabilidade nas operações de armazenamento de carbono.

De acordo com a equipe técnica da empresa, essa solução permite verificar a integridade do poço em tempo real durante a fase de injeção do CO₂, elimina a necessidade de intervenções frequentes, amplia a robustez e o nível de confiança no armazenamento permanente perante a comunidade e certificadores, além de reduzir riscos e custos operacionais atrelados ao monitoramento de longo prazo em até 75%.

A segunda tecnologia é o Automated Lithology, que combina geologia e inteligência artificial para caracterizar formações com potencial para armazenar e utilizar CO₂. Com foco na economia circular do carbono, ferramentas como o LithoLink oferecem precisão na identificação das rochas adequadas, garantindo eficiência e segurança em todas as etapas do processo.

Fonte: Petronotícias.
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