Por Hamurabi Dias
Entre agosto e setembro, a produção industrial da Bahia voltou a diminuir (-4,7%), após ter registrado avanço na passagem de julho para agosto (+4,9%), nessa comparação com ajuste sazonal, que exclui possíveis influências de calendário e eventos que se repetem anualmente e podem interferir no desempenho da indústria.
A indústria baiana apresentou, no mês, o segundo recuo mais intenso, dentre os 15 locais que têm informações nesse confronto, acima apenas do registrado no Paraná (-6,9%), e um desempenho significativamente abaixo do nacional (que foi de -0,4%).
É o que mostram os resultados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) Regional, do IBGE.
Na comparação com o mesmo mês de 2024, porém, a produção industrial da Bahia se manteve em alta em setembro, avançando 1,8%, depois de já ter registrado crescimento de 3,6% em agosto. O desempenho da indústria baiana ficou um pouco aquém do verificado no país como um todo (alta de 2%) e foi o segundo menor crescimento, entre os 18 locais com resultados nessa comparação – acima apenas de Minas Gerais (0,7%). As maiores altas de produção foram registradas no Espírito Santo (19,2%), Rio Grande do Norte (19%) e Rio Grande do Sul (10,6%).
A indústria da Bahia acumula crescimento de 1,0% na produção, entre janeiro e setembro de 2025, frente ao mesmo período do ano anterior. O índice segue idêntico ao do país como um todo (1,0%) e o oitavo melhor entre os 18 locais. Espírito Santo (7,5%), Pará (4,9%) e Rio de Janeiro (4,1%) têm os maiores aumentos.
Nos 12 meses encerrados em setembro, a produção industrial baiana também continua aumentando (1,1%) e chega à décima sétima alta consecutiva (avança desde maio de 2024). O índice é menor do que o nacional (1,5%) e apenas o sexto entre os 18 locais pesquisados. Pará (6,5%), Santa Catarina (4,5%) e Paraná (4,2%) lideram.