Produção de biometano no Brasil pode mais do que triplicar até 2027

Produção de biometano no Brasil pode mais do que triplicar até 2027
10 de outubro de 2025

Estudo da Copersucar mostra que o novo volume seria suficiente para substituir integralmente o consumo industrial de gás natural em São Paulo

A produção de biometano no Brasil pode mais do que triplicar nos próximos dois anos, passando dos atuais 656 mil metros cúbicos por dia para 2,3 milhões de m³/dia em 2027, de acordo com um estudo da Copersucar.

A pesquisa mostra que o estado de São Paulo concentra atualmente 40% da capacidade instalada de produção de biometano do país e 31% dos projetos de expansão, e pode atingir um potencial produtivo de até 36 milhões m³/dia no longo prazo.

Segundo o levantamento, esse volume seria suficiente para substituir integralmente o consumo industrial de gás natural no estado ou até 85% do consumo de diesel.

“Temos todos os ingredientes necessários para transformar o biometano em um motor da transição energética no Brasil: base tecnológica, matéria-prima abundante, infraestrutura logística e um arcabouço regulatório adequado”, diz o presidente da Copersucar, Tomás Manzano, em comunicado.

Segundo ele, o biometano pode reduzir em mais de 90% as emissões de gases de efeito estufa, além de custar muito menos que o diesel no transporte pesado.

O estudo aponta que mais da metade do potencial produtivo paulista está concentrado no setor sucroenergético, que utiliza resíduos da produção de açúcar e etanol como vinhaça, torta de filtro, bagaço e palha para produzir o biogás/biometano. A estimativa é de que a adoção em larga escala do biometano possa gerar aproximadamente 20 mil novos empregos, diz o estudo.

Segundo o levantamento, se o Brasil desenvolver apenas 20% do seu potencial de produção de biometano e destinar esse volume à substituição do diesel nos próximos dez anos, será possível reduzir pela metade a necessidade de importações. O Brasil consome cerca de 65 bilhões de litros de diesel por ano, dos quais mais de 20% são importados.

Fonte: Canal Rural.
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