Por Giane Guerra
Dentro do investimento para a nova fábrica de celulose no Rio Grande do Sul, a chilena CMPC dobrará sua área de pesquisa e vai implementar um laboratório fitossanitário em Guaíba, onde fica sua unidade atual na Região Metropolitana. O secretário estadual do Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo, estima em R$ 200 milhões o investimento. O valor entra no aporte gigante que a empresa planeja para o Estado, que já subiu a R$ 27 bilhões.
Recentemente, o diretor-geral da CMPC, Antonio Lacerda, disse à coluna esperar que, até o início de 2026, saia a licitação da área na qual a empresa precisa instalar um terminal de exportação de celulose no porto de Rio Grande. Inicialmente, seria via Estado, mas agora será federal.
— No primeiro momento, essa mudança nos deu uma dor de barriga. Quando você sai do Estado e vai para o governo federal, há mais interlocutores, organismos, entidades e ministérios. Mas as coisas estão caminhando e dentro do prazo — disse.
Secretário de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo (E), diretor-geral da CMPC, Antonio Lacerda (D).Sedec / Divulgação
A ideia é movimentar mais de nove milhões de toneladas no local.
— Para te dar uma perspectiva, o projeto inteiro para um porto em Arroio do Sal prevê movimentação de 5 milhões de toneladas de carga geral. Precisamos do dobro da capacidade!
Quanto à nova fábrica da CMPC em Barra do Ribeiro, estão sendo encaminhados os pedidos de licenciamento ambiental. O objetivo é iniciar a obra em 2026, gerando mais de 10 mil empregos, para começar a produção de celulose em 2029, com até 5 mil postos de trabalho diretos e indiretos.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Isadora Terra (isadora.terra@zerohora.com.br) e Diogo Duarte (diogo.duarte@zerohora.com.br)