O Energy Summit, em parceria com a MIT Technology Review Brasil, consolidou, após a realização de um evento no Brasil e uma série de discussões com especialistas, alguns caminhos e tendências para o futuro do setor energético no mundo. Em dois relatórios, as instituições traçaram um mapa para a descarbonização e o avanço tecnológico.
“O setor de energia é o motor da economia global, mas também é responsável por 73% das emissões mundiais. Está em uma posição estratégica e submetido a uma ampla pressão para acelerar a transformação energética”, disse Hudson Mendonça, CEO do Energy Summit.
Nesse contexto, ele destacou dois relatórios elaborados pela MIT Technology Review Brasil e o Energy Summit, que detalham as dez principais tendências que impulsionam a inovação rumo à transição energética. Confira:
Trata-se de tecnologias para reduzir as emissões de CO2 provenientes de fontes industriais e energéticas. Em 2022, o mercado global de captura de carbono foi avaliado em US$ 2 bilhões e a estimativa é que ele atinja US$ 50 bilhões até 2030.
A combinação de Inteligência Artificial e Internet das Coisas pode proporcionar uma gestão mais precisa do consumo de energia em diversos setores. Segundo o estudo, o mercado global impulsionado por essas tecnologias foi avaliado em US$ 79,3 bilhões em 2020 e deve atingir US$ 154 bilhões até 2030.
A energia fotovoltaica abre oportunidades para empresas de tecnologia, startups e concessionárias inovarem na gestão e distribuição da energia solar. Esse mercado deve atingir uma capacidade instalada de mais de 300 GW até 2030.
Os avanços tecnológicos e a redução nos preços das baterias estão transformando a integração de fontes de energia intermitentes. A tendência é que o mercado global cresça dos US$ 10 bilhões gerados em 2020 para mais de US$ 55 bilhões até 2030.
O SAF, produzido a partir de fontes renováveis, vem sendo considerado essencial para que o setor de aviação alcance suas metas de emissões líquidas zero até 2050. A produção global de SAF deve atingir 10% do combustível de aviação global até 2030 e 65% até 2050.
Segundo o estudo, a demanda global por hidrogênio renovável está prevista para atingir 530 milhões de toneladas por ano até 2050.
Essa evolução na tecnologia nuclear promete uma geração de energia mais segura, acessível e flexível, com capacidade para gerar de 50 a 300 MW. São projetados para construção modular em fábricas.
Trata-se de nanomateriais, compósitos, supercondutores e materiais 2D, como o grafeno, apresentando propriedades superiores em comparação aos componentes convencionais. Segundo o estudo, é um mercado global com potencial para atingir US$ 100 bilhões até 2030.
Foi considerado pelo estudo como “uma fronteira promissora da ciência e tecnologia energética”, que oferece uma fonte de energia potencialmente inesgotável, segura e limpa.
Ainda em fase experimental, essa tecnologia tem potencial de revolucionar áreas como ciência de materiais, criptografia e otimização de processos.