NESTA EDIÇÃO. Reunião da Opep+ indica cautela, em meio à queda no preço do barril. Solar e eólica no fim da fila e gasoduto em Sergipe: os destaques da apresentação do plano de negócios 2026-2030 da Petrobras. Brasil vai reduzir dependência de importação de combustíveis na próxima década, indica EPE. MME fará dois leilões de transmissão em 2026, com expectativa de R$ 25 bi em investimentos.
A Opep+ confirmou que vai manter os atuais níveis de produção nos três primeiros meses de 2026, em busca de estabilidade no mercado.
O cartel também reforçou que tem espaço para incrementar a extração em até 1,65 milhão de barris/dia, a depender das condições de mercado.
A decisão da Opep+ indica incerteza sobre os rumos do mercado, em meio à queda no preço do barril de petróleo.
O movimento dos preços reflete as expectativas de sobreoferta, sobretudo com as negociações de um acordo para encerrar o conflito na Ucrânia, o que pode levar ao fim das sanções contra o petróleo da Rússia.
Vale lembrar que a queda do barril já tem impactos práticos no mercado, com as petroleiras revisando as estratégias para o próximo ano, inclusive a Petrobras.
Os destaques do plano da Petrobras. Em entrevista coletiva, a presidente da estatal, Magda Chambriard, reconheceu o ambiente adverso em relação ao preço do barril de petróleo.
Deslocando importação. Investimentos em refinarias e biorrefinarias e maior consumo de combustível sustentável de aviação devem reduzir a dependência externa do Brasil à nafta e ao QAV em 2035, indica o caderno do PDE 2035.
Potencial do CO2 biogênico. A EPE mostra que o setor de biocombustíveis tem potencial de fornecer quase 200 milhões de toneladas por ano de CO2 biogênico. O gás de origem renovável é estratégico para viabilizar combustíveis sintéticos, mas também pode ser aproveitado por outras indústrias. Veja os detalhes na newsletter diálogos da transição. Mercado de olho. A produtora de biocombustíveis Be8 assinou uma carta de intenções com a Air Liquide para comercialização de CO2 biogênico produzido em Passo Fundo (RS).Hidrogênio em foco. O setor de biocombustíveis pode se tornar o grande offtaker capaz de auxiliar na viabilização do hidrogênio de baixo carbono no Brasil, em especial com a expectativa de aumento da participação da bioenergia na economia brasileira prevista na lei do Combustível do Futuro. Leia na coluna de Gabriel Chiappini. Leilões de transmissão. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), confirmou a realização de dois leilões de linhas de transmissão para 2026. Os investimentos somados devem atingir R$ 25 bilhões nos dois certames.
Data centers. O BNDES aprovou mais R$ 200 milhões para a Scala Data Centers investir em equipamentos. O banco já tinha aprovado R$ 180 milhões anteriormente.
‘Demolição do licenciamento’. A ministra do Meio Ambiente (MMA), Marina Silva (Rede), classificou a decisão do Congresso de derrubar 52 vetos na Lei Geral do Licenciamento Ambiental como uma “demolição da legislação”.
Opinião: Presenciamos algo próximo de um IPO ambiental; abrimos o capital no mercado simbólico da sustentabilidade: a floresta, enfim, virou ativo financeiro, escreve Jaques Paes, o consultor e professor da FGV.