O encontro contou com a exposição das trajetórias profissionais de nomes conhecidos do mercado e membros do GT de Valorização da Engenharia, seguida de uma dinâmica interativa com os estudantes. Segundo a CNI, o Brasil precisará de mais de 350 mil engenheiros nos próximos anos apenas para suprir a demanda por obras e projetos industriais. Atualmente, apenas 38% dos alunos concluem o curso no prazo, e 25% desistem ainda no primeiro ano.
O vice-presidente de Obras Industriais da CBIC, Ilso de Oliveira, compartilhou sua trajetória de 50 anos de carreira como engenheiro civil e falou sobre o poder transformador da profissão. “A carreira de engenharia abre uma série de oportunidades. Um profissional vale o quanto ele sabe. Não percam a oportunidade de aprender na vida de vocês”, afirmou durante o encontro.
Os profissionais que participaram do evento mostraram as diversas oportunidades de carreira e incentivaram os jovens a buscar experiências. A sócia-diretora da Civil Engenharia, Tereza Christina Coelho Cavalcanti, destacou a importância de expandir horizontes e estudar fora do país. “Agora é a hora de vocês irem atrás de estágios. Não fiquem parados, não esperem terminar o curso para trabalhar”, aconselhou.
“O mais importante é que vocês gostem do que estão fazendo. Não tenham medo de arriscar, planejem seu projeto construtivo e não desistam, porque há muitas oportunidades pelo caminho”, disse Geraldo Menezes, membro do Comitê de Inteligência Estratégica da COIC e do Sinduscon-BA.
“O exercício pleno da engenharia é se colocar a serviço do cliente e da população”, completou Adalberto Carvalho de Rezende, da Sociedade Mineira de Engenheiros.
Para Drielle Cristina, engenheira master na RETC Infraestrutura, é fundamental fazer estágios, criar conexões e investir em networking ainda na universidade. “Esse é o momento de entrar no mercado de trabalho, porque isso vai definir se você realmente se encaixa na profissão”, afirmou.
Segundo Fernando Lima, diretor executivo da Montisol Construção e Manutenção (MA), esse é um período decisivo de desenvolvimento na carreira. “Engenharia não é só cálculo e planejamento — também é sobre pessoas. Quem se forma em engenharia é um profissional diferenciado”, destacou.
O gerente operacional da MCA Engenharia, Marcio Alexandre Oliveira, comentou sobre as tendências da profissão. “Precisamos de inovação contínua nos próximos anos. O desafio da engenharia é fazer muito com pouco. É preciso sair daqui com uma visão clara: entender de digitalização, metodologia, gestão de risco e foco no cliente”, concluiu.
O tema tem interface com o projeto “Sustentabilidade das Empresas de Obras Industriais e Corporativas”, da COIC/CBIC, com a correalização do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional). O tema também tem interface com o projeto “Engenharia e Educação como Vetores da Sustentabilidade”, da COIC/CBIC, com a correalização do Serviço Social da Indústria (Sesi Nacional)