O apagão de mão de obra no Brasil chegou até a formação de engenheiros e deve causar preocupações tanto nas empresas de engenharia. Logo os engenheiros, que desempenham um papel fundamental em setores estratégicos da nossa sociedade, como infraestrutura, energia, tecnologia e indústria. No entanto, os dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI) estão indicando que o Brasil enfrenta uma crise na formação desses profissionais, com um déficit estimado em 75 mil engenheiros. Nesse contexto, o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), que há 61 anos atua na inclusão de jovens na economia produtiva, encomendou ao Instituto Locomotiva uma pesquisa nacional para compreender a percepção dos jovens sobre a área de Engenharia.
O levantamento, realizado com 1.150 estudantes do Ensino Médio, trouxe números inéditos e preocupantes: apenas 12% demonstram interesse em cursar Engenharia, o que equivale a cerca de 2,3 milhões de jovens no Brasil, segundo estimativas baseadas na PNAD 2024. Um dado que chama atenção é que mais de um terço dos entrevistados afirmam sentir insegurança com matérias que envolvem matemática. A pesquisa também aponta um grave problema educacional: 79% dos estudantes acreditam que falhas na educação básica desmotivam o início ou a continuidade de cursos de graduação. Entre aqueles que pretendem cursar Engenharia, as dificuldades financeiras e o interesse por outras áreas aparecem como principais motivos para uma possível desistência.
Ciências Exatas perdem espaço para Humanas na preferência por cursos superiores
Matemática e custos afastam jovens da Engenharia
Top 3 motivos de desinteresse pela Engenharia
A. 46% — Interesse por outras áreas;
B. 22% — Dificuldades com matemática ou disciplinas que envolvam cálculos;
C. 8% — Dificuldades financeiras.