As empresas de engenharia que mais cresceram nos últimos 10 anos no Brasil

As empresas de engenharia que mais cresceram nos últimos 10 anos no Brasil
1 de outubro de 2025

Ranking da Engenharia Brasileira, publicado anualmente pela Revista O Empreiteiro, é referência para medir a força das principais companhias de construção, projetos e serviços técnicos no país. Nos últimos dez anos, a engenharia brasileira passou por consolidação, novos entrantes e crescimento expressivo, especialmente em segmentos ligados a infraestrutura, energia e sustentabilidade.

As empresas que mais se destacaram nesse período conseguiram crescer acima da média do setor, algumas com taxas superiores a 200%.

Construtoras em ascensão

O setor de construção pesada voltou a acelerar com a retomada de obras públicas, PPPs e investimentos em habitação.Entre 2018 e 2024, oito companhias dobraram de tamanho:

  • Construpower
  • Vertin Engenharia
  • LM Construtora
  • J2R Engenharia
  • Codrasa
  • Teccon
  • Serveng
  • Construtora Elevação

Além delas, outras 13 registraram crescimento acima de 50% no período, mostrando vitalidade do setor mesmo em anos de volatilidade econômica.

Infográfico 1 mostra o Top 10 das empresas que mais cresceram entre 2015 e 2025.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Projetistas e gerenciadoras: salto com tecnologia

O segmento de projetos e gerenciamento também teve forte expansão, puxado pela digitalização (BIM, gêmeos digitais, softwares de compatibilização).

Destaques recentes incluem:

  • Engecell: crescimento de +371%;
  • Vellent Engenharia: alta de +240%;
  • Aplus Engenharia: +95%;
  • Energia Serviços Elétricos: +88%;
  • Qualidados Engenharia: crescimento de 55% em 2024.

Esses números revelam como as empresas de engenharia consultiva ganharam espaço ao oferecer soluções de gestão integrada e inovação tecnológica.

Montagem industrial: força da mineração e energia

Com a retomada de grandes projetos industriais e expansão da cadeia de energia, as empresas de montagem industrial tiveram um salto.

Entre os maiores crescimentos estão:

  • Techint: +257%
  • Planem Engenharia: +147%
  • Alfa Engenharia: +67%
  • Engecampo: +67%

Esse segmento mostra forte correlação com ciclos de investimento em mineração, petróleo e gás, e siderurgia.

Serviços especiais: expansão acima de 297%

O setor de serviços especiais de engenharia foi o campeão em aceleração, acumulando +297% desde 2018.

Um marco nesse avanço foi a entrada da Ambipar no ranking em 2022. A empresa de soluções ambientais expandiu rapidamente suas operações em tratamento de resíduos urbanos, saneamento e engenharia ambiental, surfando a onda da agenda ESG.

📊 Infográfico 2 mostra como os setores contribuíram para o crescimento acumulado no período 2018–2024.

 

 

Linha do tempo: a chegada de novos players

A cada edição do ranking, novas empresas passaram a figurar entre as 500 maiores. Esse movimento demonstra que a engenharia brasileira está longe de ser estática: novas companhias surgem e se consolidam em ritmo acelerado.

  • 2015: 2 novas empresas entram no ranking
  • 2018: 4 novas
  • 2020: 6 novas
  • 2022: 10 novas
  • 2025: 15 novas

📊 Infográfico 3 destaca essa evolução, evidenciando como o setor se renovou e se diversificou ao longo da década.

 

 

Tendências para os próximos 10 anos

Olhando para frente, alguns motores devem impulsionar ainda mais o setor:

  • Obras do Novo PAC 2025, com foco em infraestrutura urbana, rodoviária e ferroviária.
  • Transição energética, abrindo espaço para projetos em solar, eólica e hidrogênio verde.
  • Agenda ESG, impulsionando investimentos em saneamento, resíduos e tecnologias sustentáveis.
  • Digitalização, com uso de BIM, inteligência artificial e automação de processos.

As empresas que mais cresceram na última década souberam adaptar-se às mudanças do mercado e aproveitar as oportunidades em infraestrutura, energia e sustentabilidade.

O ranking revela que, mais do que tamanho, o que importa é a capacidade de inovar, diversificar e buscar eficiência. Esse é o caminho que continuará a definir os próximos líderes da engenharia brasileira.

Fonte: Revista OE.
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