Grupo mexicano Simec dobra aposta no Brasil

FONTE: Valor Econômico

Companhia planeja investir US$ 300 milhões na fábrica situada em Pindamonhangaba (SP) para ir 500 mil a 1 milhão de toneladas por ano em 2023

Confiante no aumento da demanda de aço no Brasil nos setores da construção imobiliária e de obras para infraestrutura nos próximos anos, o grupo siderúrgico mexicano Simec, que atua no país desde 2015, anunciou plano para investir US$ 300 milhões (R$ 1,56 bilhão ao câmbio de sexta-feira) em expansão. O montante será aplicado na duplicação da sua fábrica situada em Pindamonhangaba, interior de São Paulo.

A siderúrgica da Simec no Vale do Paraíba, que iniciou operação comercial há exatos seis anos, faz vergalhões, em rolo e barras, e está apta ainda a produzir fio-máquina, para aplicações industriais.

Sediado em Guadalajara, grupo mexicano iniciou produção no Brasil em 2015 e já é o terceiro no mercado de aços longos

Atualmente, a fábrica tem capacidade para produzir 500 mil toneladas de aço bruto por ano. Passará a 1 milhão de toneladas, quando a nova linha estiver pronta. Ao informar a decisão à prefeitura de Pindamonhangaba, o grupo declarou que a expansão vai gerar 750 novos empregos após a conclusão da obra, prevista para meados do segundo semestre de 2023. Durante a obra estão previstos 3 mil empregos temporários.

Para dobrar de tamanho, a usina vai ganhar um novo forno elétrico (apto a produzir 500 mil toneladas ao ano de tarugos) e um novo laminador com capacidade similar de produtos finais.

Para alimentar o novo forno, a Simec vai também dobrar a capacidade de reciclar sucata de aço e ferro da usina – de 625 mil para 1,25 milhão de toneladas ao ano.

A estratégia do grupo mexicano, terceiro desse segmento no país – atrás de ArcelorMittal e da Gerdau – é estar pronta para o aumento do consumo de aço longo nos próximos anos, segundo informaram fontes ao Valor. Procurada, a empresa preferiu não se pronunciar no momento.

No ano passado e neste, com o aumento de lançamentos imobiliários, e da também da autocontrução – investimento em reforma e ampliação de residências, impulsionado por maior uso dos lares durante a pandemia de covid-19 -, o consumo de aço cresceu, principalmente a partir e julho, levando as siderúrgicas a operar à plena capacidade.