CMPC projeta alta nominal da produção neste ano

FONTE: Valor Econômico

Empresa registrou volumes produzidos recordes de celulose e de papel em 2021

Após registrar produção recorde de celulose e papel em 2020, a CMPC espera aumento marginal dos volumes produzidos neste ano. No ano passado ela produziu 1,87 milhão de toneladas de celulose e 52,6 mil toneladas, de papel. “O recorde passa pelo cuidado que tivemos com nossos colaboradores e pelo comprometimento que isso gerou. Temos feito trabalho com nossos líderes e colaboradores que é revertido em produtividade”, disse o diretor-geral da CMPC no Brasil, Mauricio Harger. Segundo ele, houve picos de produção mensais em julho e agosto.

A empresa também bateu recorde, em 2020, de transporte de 2,6 milhões de toneladas – 1,7 milhão de toneladas de celulose e 900 mil toneladas de madeira.

A capacidade produtiva nominal da fábrica de Guaíba (RS) é de 1,5 milhão de toneladas por ano, considerando-se duas paradas para manutenção a cada 15 meses. Se houver só uma parada no ano, a capacidade efetiva pode ser maior, como ocorreu em 2020. O executivo se disse otimista em relação a este ano.

Segundo Harger, existem estudos para desgargalamento da unidade, mas não há ainda definições quanto ao potencial de expansão e ao momento para investimento. “Somos entusiastas de que a unidade de Guaíba tem capacidade de receber mais investimentos”, disse o diretor-geral da CMPC no Brasil, acrescentando que a linha 2 de celulose é “bastante robusta”.

O executivo afirmou que a demanda por celulose continua robusta e deverá crescer no mesmo ritmo ou acima da economia global, assim que ocorrer essa retomada. De acordo com o executivo, a demanda global por celulose retrocedeu dois anos em 2020. Questionado sobre preços de celulose, o executivo respondeu que não pode fazer projeções porque a CMPC tem ações negociadas no mercado chileno.

No Brasil, a empresa tem buscado alternativas para formação de áreas para plantio de florestas. Há intenção de plantar mais 75 mil hectares, movimento que Harger considera um desafio operacional em relação à formação de mão de obra e aquisição de equipamentos.

A CMPC prevê duas paradas de manutenção para 2021. Em coletiva de imprensa, Harger contou que, no ano passado, a parada da fábrica foi desafiadora devido à pandemia de covid-19.

Maior indústria do Rio Grande do Sul, a CMPC arrecadou R$ 380 milhões em impostos e manteve os 6,6 mil empregos diretos e indiretos no ano passado.

A empresa prevê R$ 11,5 milhões de investimento social em 2021, de acordo com Harger. Em algumas semanas, a empresa vai lançar novo programa de fomento florestal, chamado de RS+Renda, para estimular o pequeno produtor. “As florestas plantadas ajudam no clima. Queremos fortalecer a economia gaúcha e gerar renda.”