A Golar Power espera o sinal verde das autoridades paraenses para dar continuidade ao projeto de construção do Terminal de GNL de Barcarena. A empresa cumpriu as exigências ambientais para a construção das instalações, mas a liberação do licenciamento, que estava prevista inicialmente para abril, ainda não aconteceu.

O cronograma do projeto prevê o início das obras em 2021, e a entrada do Terminal em operação em meados do ano seguinte. Com capacidade de armazenamento para 170 mil m³ de GNL, e capacidade para regaseificar 20 milhões de m³/d, o Terminal de Barcarena vai abastecer a Usina Térmica Novo Tempo Barcarena, sociedade entre a própria Golar Power e a brasileira EPP.

O terminal será ponta de lança da estratégia da Golar Power para comercialização de gás na Região Norte, via modal hidroviário, iniciando as operações antes que a usina térmica comece a funcionar. “Temos um preço extremamente baixo no mercado spot de GNL, por isso, quanto antes pudermos mobilizar novos terminais, mais rapidamente as empresas poderão aproveitar essas oportunidades”, diz o CEO da Golar Power, Eduardo Antonello.

O executivo observa que há uma grande demanda para o GNL no Norte, seja para atender indústrias, seja para substituir o diesel e o óleo combustível em sistemas isolados de geração térmica. “Sem falar no uso do GNL para abastecer capitais como Belém, Manaus e São Luís, com GNV”, acrescenta.

Para atender a estratégia de cabotagem, a companhia tem dois navios encomendados com a Avenir, o primeiro, com capacidade para 7 mil m3 de GNL, deve ser entregue até o começo de 2021, para operar na Região Nordeste. Um segundo, com capacidade para 20 mil m3, operaria em Barcarena em tempo integral, a partir de 2022.

Simultaneamente, os trabalhos continuam na Usina Térmica de Barcarena. Segundo a Evolution Power Partners, sócia da Golar no projeto, o consórcio analisa propostas de fornecedores de máquinas e serviços de EPC. A escolha dos parceiros para a construção da usina deve ser concluída até o final de junho. Doze empresas nacionais e estrangeiras apresentaram propostas. A EPP informa ainda que o cronograma do projeto prevê o início das sondagens topográficas em agosto e a terraplanagem do terreno para a construção da Térmica de Barcarena, em dezembro.