FONTE: Petronotícias.

O painel Aquaviário do Congresso SAE BRASIL, que acontece nos dias 16 e 17  deste mês, no Pavilhão da Bienal no Parque do Ibirapuera em São Paulo, trará à tona um dos temas mais críticos para o futuro logístico e ambiental do país: a descarbonização da navegação e dos portos. Reunindo líderes do setor como Aliança Navegação, Transportes Bertolini e Administração dos Portos Paranaguá e Antonina, o debate abordará os desafios e as oportunidades de inovação sustentável. “Com uma costa de mais de 7.500 km e uma vasta rede hidroviária, o Brasil tem um enorme potencial para expandir sua matriz logística aquaviária. No entanto, apenas 10% do transporte de cargas no país é feito pela cabotagem, enquanto o modal rodoviário domina com 65%,” explica Paulo Ho,  do Comitê Aquaviário do Congresso SAE BRASIL. Segundo ele, a solução para esse desequilíbrio passa por investimentos estratégicos e políticas públicas que incentivem a infraestrutura portuária e hidroviária, alinhando o setor às metas de descarbonização.

Ho destaca ainda a relevância global do tema, citando a meta de Net Zero encabeçada pela Organização Marítima Internacional (IMO), que visa alcançar um equilíbrio entre a emissão de gases de efeito estufa (GEE) e a quantidade removida da atmosfera, resultando em emissões líquidas zero. Ele ainda menciona medidas já adotadas pela comunidade europeia, como o sistema de compensação de emissões que entrou em vigor em 2024. “A inovação e sustentabilidade na navegação e operação portuária é um processo contínuo em todos os países, independentemente de seu porte ou localização, pois vivemos em um mundo interconectado e de mútua dependência.”

O painel também trará insights sobre as iniciativas de empresas brasileiras que estão liderando a transformação no setor, com foco em soluções sustentáveis e de alto impacto. Serão abordadas soluções tecnológicas e práticas sustentáveis que visam modernizar a logística do país. A troca de informações entre os participantes tem como objetivo destacar o papel da navegação e dos portos na descarbonização e no desenvolvimento de uma infraestrutura mais eficiente e alinhada com as metas globais de redução de emissões.