Brasil já é o terceiro mercado de descomissionamento do mundo
Nossos investimentos de US$ 11 bi em descomissionamento irão alavancar novas oportunidades para indústria
FONTE: Agência Petrobras
Você sabia que o Brasil já ocupa a terceira posição no ranking mundial dos maiores mercados de descomissionamento do mundo, atrás apenas do Mar do Norte e do Golfo do México? E que somente a Petrobras irá investir US$ 11 bilhões, nos próximos cinco anos, nesse segmento – um volume que supera o PIB de Mônaco?
Os números revelam a magnitude desse mercado: apenas no horizonte do Plano Estratégico 2024-2028 serão 23 plataformas a serem descomissionadas – e mais 40 unidades após 2028. A previsão é o fechamento definitivo de 550 poços submarinos e a remoção de quase 2000km de linhas flexíveis – equivalente à distância entre Rio de Janeiro e Natal (RN).
Você já imaginou a complexidade das operações envolvidas e o potencial que esses projetos têm para movimentar a cadeia de fornecedores nacionais, além de estimular novos players? É um mercado que já nasce com muita força e se pereniza no longo prazo, considerando a ampla carteira de projetos.
A projeção da Petrobras é impulsionar um ciclo virtuoso no país com as atividades de descomissionamento, abrindo novas oportunidades para a indústria offshore, siderúrgica e empresas especializadas em gerenciamento de resíduos. Além disso, a companhia prevê estimular a ocupação de estaleiros e do parque produtivo, bem como o estímulo à economia circular com a destinação sustentável de toneladas de aço, equipamentos e materiais decorrentes das atividades de descomissionamento.
Mas o que é descomissionamento?
O descomissionamento consiste em um conjunto de atividades associadas ao encerramento das operações de sistemas de produção de petróleo e gás – incluindo as plataformas, os poços e os equipamentos submarinos – que estão na fase final de sua vida produtiva, seguindo o caminho natural da indústria de petróleo e gás. Para se ter ideia, abrange desde a desativação e destinação final das plataformas e dos sistemas submarinos até o fechamento definitivo dos poços, sempre com foco em geração de valor, sustentabilidade, segurança e cuidado com pessoas e meio ambiente.
Mas longe de decretar a “invalidez” das plataformas, o descomissionamento pode ressignificar e dar nova vida às estruturas envolvidas, a partir da reutilização e a reciclagem de parte dos componentes como dutos submarinos e poços – que são reinterligados – além de módulos das unidades produtivas, trazendo um efeito multiplicador para a economia e a indústria.
Próximos passos
A Petrobras inaugurou o modelo de destinação sustentável de embarcações com a venda das plataformas P-32 e P-33 para a Gerdau. A P-32, inclusive, está atualmente no estaleiro Rio Grande (RS), onde será submetida ao primeiro processo de desmantelamento e reciclagem de uma unidade desse porte em solo nacional.
Para o futuro, nosso propósito é dar continuidade aos demais projetos de descomissionamento previstos em carteira dentro dos mais rigorosos padrões internacionais de ASG (ambiental, social e de governança), bem como contribuir para o desenvolvimento de qualificação do mercado nacional.
A intenção é colocar o Brasil no mapa de descomissionamento mundial. Todo um esforço focado no respeito aos direitos humanos e no desenvolvendo a economia local, valorizando as potencialidades e a economia do país.