Os pleitos do setor petróleo na transição energética
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FONTE: epbr
A consulta pública aberta pelo Ministério de Minas e Energia (MME) para discutir “Transição Energética Justa, Inclusiva e Equilibrada” abriu espaço para que a indústria de óleo e gás mostrasse quais são suas prioridades nessa área e quais caminhos veem para viabilizar a nova economia verde.
A epbr compilou algumas das principais contribuições e mostra como se encaixam no contexto setorial de busca pela descarbonização do setor:
Petrobras questiona biometano na mobilidade urbana. Em sua contribuição para a consulta pública do MME, a Petrobras levantou dúvidas sobre a viabilidade do biometano como alternativa sustentável para a mobilidade urbana, citando desafios tecnológicos e econômicos para sua implementação.
Vibra pede mudanças no RenovaBio e quer transferir as metas aos produtores e importadores. A Vibra Energia sugeriu mudanças no programa RenovaBio, propondo que as metas de descarbonização sejam transferidas para produtores e importadores de combustíveis, na consulta pública do MME.
Shell defende mercado de capacidade rateado por todos os consumidores do país. A Shell, em sua contribuição para a consulta pública do MME, propôs um mercado de capacidade elétrica onde os custos sejam compartilhados entre todos os consumidores, visando maior segurança e eficiência no fornecimento de energia.
Origem quer estoque regulador nacional de gás com estocagem subterrânea. A Origem Energia defendeu, na consulta pública do MME, a criação de um estoque regulador nacional de gás natural utilizando estocagem subterrânea para garantir a segurança do abastecimento e a estabilidade dos preços.
Produtores independentes querem isenção do imposto seletivo. Produtores independentes de petróleo e gás natural solicitaram isenção do imposto seletivo para aumentar a competitividade e incentivar a produção no país, em contribuição para a consulta pública do MME.
Opep+ estende cortes até 2025. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados decidiu manter os cortes voluntários de 2,2 milhões de barris por dia (bpd) de petróleo até o fim de 2024 na última reunião do cartel.
“Fim do PPI” da Petrobras completa um ano sob pressão. Com benefícios limitados ao consumidor e em um cenário de insatisfação, sobretudo dos produtores de biocombustíveis e importadores, a pressão por reajustes está alta. É um desafio imediato da nova CEO da estatal, Magda Chambriard.
Tarifaço na malha de gasodutos do Sudeste. Os usuários da malha de gasodutos da NTS, que movimenta o gás natural nos principais centros de consumo do país, terão um aumento expressivo nas tarifas a partir de junho. O choque tarifário será de 26% na entrada e de 7% na saída do sistema, para os novos contratos firmes de 2024, na comparação com os contratos anuais até então vigentes.
Diálogos da Transição. A dinamarquesa Maersk divulgou nesta sexta (31/5) que passará a unificar duas sobretaxas relacionadas ao bunker em uma Taxa de Combustível Fóssil (FFF, em inglês), que futuramente também poderá englobar regulamentações que obriguem o uso de novos combustíveis.
Mercado livre vai engajar consumidor na transição, diz Prime Energy. A ampliação do mercado livre de energia elétrica aos clientes de baixa tensão vai tornar os consumidores mais engajados no processo de transição energética, acredita o CEO da Prime Energy, Guilherme Perdigão.
Setor de carvão quer mudar regras para competir em leilão de reserva. Empresas e representantes da indústria querem alterar as regras do leilão de reserva de capacidade deste ano para facilitar a participação das termelétricas a carvão, informou o Valor. Não há restrição específica à fonte segundo a portaria do Ministério de Minas e Energia (MME), mas o formato limita a concorrência de usinas que não tenham flexibilidade no fornecimento.
Enel troca presidente em São Paulo. O diretor-presidente da Enel Distribuidora SP Max Xavier Linds renunciou ao cargo que ocupava desde novembro de 2018. A posição será ocupada por Guilherme Lencastre, presidente do Conselho de Administração da companhia em São Paulo.
Greve retém 173 mil automóveis importados nos portos. A greve dos auditores fiscais federais está bloqueando a liberação de milhares de veículos importados nos portos brasileiros, causando uma queda de até 5% na atividade econômica do setor automotivo. A paralisação, que busca reajustes salariais, afeta gravemente a cadeia produtiva e o comércio.