Mosaic vai acelerar investimentos no Norte e Nordeste
FONTE: Revista OE
Com investimentos de R$ 400 milhões, a multinacional americana, Mosaic, vai começar a produzir em Palmirante, Tocantins, pequenos volumes de adubo em formato de elemento simples, como o cloreto de potássio, com previsão de até 2028 atingir a capacidade total de 1 milhão de toneladas do produto ao ano. O projeto da unidade de mistura foi iniciado em 2023 e representa a estreia da empresa em bioinsumos.
Detentora de 24% do mercado brasileiro no segmento de fertilizantes, a multinacional pretende acelerar seus investimentos em suas fábricas nas regiões Norte e Nordeste. Em matéria publicada no Valor, o country manager da empresa no Brasil, Eduardo Monteiro, disse que a planta vai reforçar a atuação na região do Matopiba (confluência entre os Estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), porque facilitará o descarregamento de caminhões e vagões ferroviários, o armazenamento de matérias-primas e a distribuição dos produtos.
No Complexo Industrial de Taquari-Vassouras, em Rosário do Catete, em Sergipe, a Mosaic vai ampliar o beneficiamento de potássio para 450 mil toneladas em 2024 — foram 300 mil neste ano. Isso será possível após investimentos de R$ 800 milhões em 2023 para ampliar a extração do minério silvinita, usado no beneficiamento de potássio. Os recursos foram destinados à compra de maquinários e melhoria da infraestrutura.
Segundo o executivo, a matriz americana investiu nos mais de 20 complexos industriais em funcionamento no Brasil. Ele avalia que a operação própria no porto de Paranaguá (PR) também deve apoiar o crescimento dos negócios da Mosaic. No terminal, a empresa possui capacidade de descarregar 3 milhões de toneladas de adubo ao ano.
Nos planos de crescimento em 2024, a estimativa é que as entregas de adubo cresçam 3%, alcançando 47 milhões de toneladas. O cálculo contempla o aumento de demanda de adubo nas principais praças produtoras, em especial de algodão, cuja área de plantio deve crescer 10%, segundo a Mosaic. O plantio de algodão requer um volume de NPK (nitrogênio, fósforo e potássio) três vezes maior do que a soja.