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VLI sugere pagar multa de R$ 1,2 bilhão por abandono de ferrovia
Valor é considerado insuficiente para cobrir prejuízos com sucateamento de trilhos
FONTE: Correio
Encruzilhada
Representantes da VLI estiveram ontem na Fieb para conversar sobre o futuro da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) na Bahia. Quem participou do encontro saiu de lá sem muita expectativa de uma solução rápida para a requalificação dos quase 2 mil quilômetros de ferrovias que foram sucateados nas últimas décadas. A empresa apresentou a possibilidade de oferecer uma outorga ao Governo Federal de R$ 5 bilhões para antecipar a renovação do contrato, que vence em 2026, além do pagamento de uma multa de R$ 1,2 bilhão para compensar o estrago feito nos trilhos baianos. Como a outorga vai para os cofres federais, o sonho baiano era que o valor da multa fosse bem maior, o suficiente para requalificar a ferrovia ou mesmo para a construção de uma nova estrutura, conectando a Fiol com a Baía de Todos-os-Santos. O único acordo possível foi o da criação de um observatório para monitorar o assunto junto aos órgãos federais. Enfim, é observar e esperar…
O futuro da FCA foi um dos temas abordados pelo especial Bahia Forte, que o Correio publicou na semana passada. Leia o conteúdo completo aqui.
Bom para todos
Na discussão sobre a importância dos investimentos em ferrovias, o economista Bernardo Figueiredo, que participou do encontro na Fieb, lembrou que os trilhos não servem apenas aos grandes projetos. Com a possibilidade de movimentar contêineres pelos trens, as pequenas e médias empresas também têm muito a ganhar com um sistema ferroviário eficiente.
Comando da Codeba
Quem esteve de fininho na Fieb, mas não passou despercebido, foi Antonio Boggio, apontado como futuro presidente da Codeba. O que se diz nos bastidores é que ele chega como cota do senador Jaques Wagner e que já teve o nome aprovado em Brasília. A batida de martelo é questão de dias.
Falta pouco
Com as obras de implantação da nova rodoviária de Salvador adiantadas, poucos detalhes ainda colocam em dúvida a inauguração do equipamento, às margens da BR-324, em Águas Claras, ainda este ano. Um deles é que a ANTT ainda não aprovou o estudo de impacto de vizinhança. A agência federal responsável pela regulação dos transportes terrestres quer garantias de que a estrutura montada é suficiente para dar conta do aumento no fluxo de entrada e saída de veículos, sem causar impacto negativo na rodovia. O medo é que a região se transforme num ponto de retenção permanente.
Retração
Dificilmente a indústria baiana sentirá saudades de 2023. O setor registrou uma queda de 9% em setembro, na comparação com o mesmo mês anterior, de acordo com dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), do IBGE, divulgados em parceria com a SEI. Em relação ao mês anterior, a queda é de 3%. Ao longo do ano o setor industrial acumula um recuo de 4,5% e a soma dos últimos doze meses tem como resultado uma retração de 5,9%. O segmento extrativo, que vinha sendo fonte de boas notícias nos últimos anos, teve contribuição decisiva para o resultado, com uma queda de 28%, devido à queda na produção de petróleo, gás natural e cobre.
Novo CD
A Kepler Weber, líder na América Latina em soluções de pós-colheita, anunciou a construção do nono Centro de Distribuição (CD) da companhia. A unidade será construída em Luis Eduardo Magalhães, interior da Bahia. Além do fornecimento de peças de reposição de forma rápida, principalmente durante a safra, os CDs também vão funcionar como Centros de Desenvolvimento. A nova unidade será a segunda filial na região do Matopiba, (sigla que reúne os Estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), nova fronteira agrícola brasileira.