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Petrobras estuda descarbonização de plataformas com eólicas offshore, CCS e conexão à rede elétrica

Opções para redução de emissões nas unidades serão adotadas de acordo com a região e a disponibilidade das tecnologias, segundo a petroleira

FONTE: EPBR

A Petrobras avalia três opções para avançar na descarbonização do uso de energia em plataformas: o suprimento por meio de eólicas offshore, a conexão das unidades à rede elétrica nacional e a criação de hubs de energia que tenham captura de carbono (CCS).

Os projetos estão em estudo e serão um avanço em relação à iniciativa de eletrificação de plataformas (all electric), lançada em 2021.

A tendência é que as plataformas mais próximas aos parques de eólicas offshore, por exemplo, possam receber energia dessa fonte. Este ano, a Petrobras iniciou o processo de licenciamento ambiental para desenvolver 23 gigawatts (GW) de projetos eólicos no mar, nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul. A companhia tem ainda uma parceria com a Equinor para desenvolver mais 14,5 GW.


Já as plataformas mais próximas à costa poderiam ser conectadas à malha elétrica nacional, enquanto as unidades de produção em regiões mais remotas poderiam receber projetos de geração termelétrica de energia locais, com a criação de hubs, incluindo o CCS.

“Estamos avaliando qual é a melhor opção para cada região. Não vai ter uma só fonte, cada lugar vai ser diferente. Uma fonte concorre com a outra, mas provavelmente vamos ter todas elas existindo em lugares diferentes”, disse o gerente geral de tecnologia para o downstream e midstream do Cenpes, Antônio Silva e Castro, durante participação na Offshore Technology Conference (OTC), no Rio de Janeiro.

Desde 2021, a Petrobras passou a usar eletricidade como fonte de energia para todos os equipamentos das novas plataformas marítimas em concepção, de modo a ganhar eficiência e reduzir emissões. Até então, parte dos aparelhos usava como fonte de energia o gás natural e outras fontes fósseis.

A estratégia da Petrobras na transição energética visa reduzir as emissões das operações para produzir petróleo com uma menor pegada de carbono. A estatal tem como meta reduzir as emissões na área de exploração e produção para 15 quilos de carbono equivalente por barril produzido até 2025, segundo o plano de negócios 2023-2027, divulgado ao final do ano passado.