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Os primeiros efeitos da guerra sobre óleo e gás

Preço de referência do gás na Europa dispara; analistas avaliam impacto sobre oferta de óleo

FONTE: EPBR

Conflito impacta produção em Israel. Governo local determinou a suspensão do campo de gás Tamar, na costa sul do país, e buscará fontes alternativas para atender à demanda, após três dias de violência na região.

– A Chevron, que opera o ativo, confirmou que foi instruída a suspender a operação do campo, uma importante fonte de gás para os geradores de energia e indústria.

– Goldman Sachs destaca que a interrupção do campo, que produz 10 bilhões de m³/ano, deve acentuar a restrição na oferta global de GNL e elevar os riscos sobre os preços europeus do gás.

– Nesta segunda (09/10), o preço do TTF, referência no mercado europeu, subiu 12,4%, para 43 euros por MWh.

Rússia inicia exportações de gás para Uzbequistão. Moscou tenta aumentar sua influência política nas antigas repúblicas soviéticas da Ásia Central e também se aproxima do Cazaquistão.

O Brent avançou 4,22%, a US$ 88,15 o barril, mas oscila abaixo dos US$ 88 na manhã de hoje (10/10). Analistas apontam a capacidade de produção dos EUA como um dos fatores que mudaram a geopolítica do óleo.

– A expectativa é que a extensão do impacto sobre os preços do petróleo seja provavelmente modesta, se o conflito permanecer dentro de Israel:

– “Israel é um produtor de petróleo muito marginal e, portanto, os desenvolvimentos recentes terão pouco impacto direto no fornecimento”, escreveu o analista Warren Patterson, do ING.

Petrobras: guerra pode aumentar volatilidade do preço do diesel. CEO da companhia, Jean Paul Prates, disse nesta segunda (9/10) que a decisão sobre um possível reajuste nos preços dos combustíveis no Brasil, caso haja uma inflação dos derivados, em meio ao conflito entre Israel e Hamas, dependerá do comportamento de cada um.

– Para a presidente da Equinor Brasil, Veronica Coelho, ainda é cedo para avaliar os efeitos do conflito sobre os preços dos combustíveis. “A volatilidade sobre os preços de combustíveis é uma certeza, mas o quanto vai afetar ainda é incerto”, afirmou a jornalistas.

Refino. Em setembro, as refinarias da Petrobras atingiram 97% de utilização pelo segundo mês consecutivo, levando o percentual para 95,8% no trimestre, o maior desde 2014.

PR estuda decreto para isentar biogás. Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) do Paraná aprovou adesão de três convênios, dentre eles um que autoriza o estado a conceder isenção do ICMS em operações com máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes de geração elétrica que utilizem o biocombustível.

Petrobras adia licitação de FPSOs de Sergipe para início de 2024. Petrobras postergou em dois meses e meio a data, marcada originalmente para 30 de outubro, para apresentação de ofertas pelas duas plataformas voltadas para o projeto em águas profundas na Bacia Sergipe-Alagoas, de acordo com a Upstream.

Eletrobras coloca à venda participação na ISA Cteep. De acordo com apuração do Valor, o modelo para a alienação ainda está sendo estudado:  poderia ser um leilão em bolsa ou uma oferta subsequente (follow-on). Eletrobras detém 9,73% das ações ordinárias e 52,48% das preferenciais da ISA Cteep.

Newave Energia compra projeto solar da Voltalia. Acordo envolve parte do cluster fotovoltaico Arinos, em desenvolvimento em Minas Gerais. A empresa adquiriu 420 MW do projeto, que tem potencial para 2 GW. A Newave Energia é uma joint venture entre a gestora Newave Capital e a Gerdau Next, braço de investimentos do Grupo Gerdau.

Azevedo & Travassos quer comprar a Nion Energy. Com planos de voltar à exploração e produção de óleo e gás, por meio da Azevedo & Travassos Petróleo, a empreiteira assinou um memorando de entendimento com os cotistas da BTV Capital, para a aquisição de parte ou a totalidade das ações da subsidiária integral da companhia, a Nion Energy LLC. A Azevedo & Travassos também mira a compra da Petroil.

Rodrigo Soares é o novo presidente da Shell Energy. Executivo deixa a área de trading e vai cuidar do braço da Shell nas áreas de gás, energia elétrica e produtos ambientais.

Transição energética exigirá gás não-convencional do Oriente Médio. O crescimento da demanda por gás natural exigirá investimentos mais fortes na descoberta de novas reservas, de acordo com a Rystad Energy.

– Mesmo com o crescimento das renováveis, a consultoria destaca que os campos existentes não serão capazes de satisfazer o aumento do consumo global. E aí o Oriente Médio desponta como peça-chave para preencher essa lacuna, fornecendo cerca de 20 milhões de toneladas por ano de GNL até 2040.

Corrida por minerais críticos pode agravar conflitos sociais na Amazônia. Estudo do Instituto Igarapé defende que o país desenhe uma política socioambiental responsável para a exploração das matérias-primas que serão essenciais à fabricação de baterias de veículos elétricos e outras tecnologias de energia renovável.

EUA vivem aumento na produção de carros elétricos. Em entrevista à agência epbr, a pesquisadora sênior de políticas de energia limpa e descarbonização do Inter-American Dialogue, Lisa Viscidi, conta que o país experimenta um aumento nos investimentos, especialmente em veículos elétricos e baterias, com foco maior na produção nacional do que antes da sanção da Lei de Redução da Inflação (IRA, na sigla em inglês).

Califórnia adota aquisição centralizada de energia limpa. O governador do estado americano, Gavin Newsom, sancionou um projeto de lei para estabelecer um novo sistema centralizado de compra de energia limpa, que, segundo especialistas, colocará a Califórnia no caminho de sua meta de atingir 25 GW em eólica offshore.