FONTE: EPBR

A Aliança Global de Biocombustíveis foi oficialmente fechada em encontro lateral à cúpula do G20 na Índia. E Lula cobrou a adoção do etanol em países ricos.

Questionado sobre novos investimentos em petróleo e a exploração da Margem Equatorial, afirmou que a decisão é exclusiva do Brasil, por uma questão de soberania. Ibama: a prioridade é o pré-sal.

Os preços do petróleo seguem flutuando acima dos US$ 90 por barril no mercado futuro. Petrobras destaca que elevação da produção nacional de combustíveis colabora para amortecimento da volatilidade do mercado externo.

A Justiça dos EUA condenou a Argentina a pagar uma indenização bilionária a dois acionistas da YPF afetados pela desapropriação da petroleira em 2012.

A Aliança Global de Biocombustíveis (GBA, na sigla em inglês) foi oficialmente fechada em encontro lateral à cúpula do G20 na Índia.

– Proposta pelo país sede, tem Brasil e EUA como cofundadores e atraiu a assinatura de Cingapura, Bangladesh, Itália, Argentina, Ilhas Maurício e Emirados Árabes Unidos, segundo comunicado oficial da presidência indiana do G20.

– Argentina e Emirados Árabes devem ingressar formalmente no Brics+ em janeiro de 2024, quando o Brasil também assume oficialmente a presidência do G20 – a próxima cúpula será no Rio de Janeiro.

Lula cobrou a adoção do etanol em países ricos. “Em 2008, a União Europeia dizia que iria colocar, até 2020, 10% de etanol na gasolina, coisa que não aconteceu. O Japão dizia que ia colocar 3%”.

– O objetivo da aliança é “acelerar a adoção global de biocombustíveis por meio da facilitação de avanços tecnológicos” – definição de padrões; certificação; criação de um repositório central de conhecimento e especialistas.

Exploração de petróleo. Questionado sobre os apelos da ONU pela interrupção de novos investimentos em petróleo e a exploração da Margem Equatorial, Lula afirmou que a decisão é exclusiva do Brasil, por uma questão de soberania e desenvolvimento econômico.

– “O Brasil não vai deixar de pesquisar a Margem Equatorial”. Confirmada a descoberta de petróleo na Foz do Amazonas, “vai se discutir como fazer a exploração”, disse o presidente.

Ibama: a prioridade é o pré-sal. À Veja, o presidente do órgão ambiental, Rodrigo Agostinho, afirmou que as equipes estão trabalhando com “extrema prioridade” na fase 4 do pré-sal (desenvolvimento).

– E citou o licenciamento dos poços de extensão de Pitu, na Bacia Potiguar, projeto que a Petrobras retomou esse ano.

– Para o FZA-M-59, da Petrobras, “não temos como dizer se vai demorar mais 15 dias, um mês, enfim, não temos como prever uma data”, diz.

Audiência. Amanhã (12/9) está previsto o retorno de Marina Silva ao Senado para a audiência solicitada por Lucas Barreto (PSD/AP) na Comissão de Infraestrutura.

No discurso, crise climática. Brasil assumirá a presidência do grupo em 2024 e propôs a criação de uma força-tarefa para endereçar respostas à crise climática. Em discurso na Índia, Lula citou a crise em curso no Rio Grande do Sul.

– “Agora mesmo no Brasil, o estado do Rio Grande do Sul foi atingido por um ciclone que deixou milhares de desabrigados e dezenas de vítimas fatais”, afirmou.

Eólicas offshore no Reino Unido. Leilão de energia no Reino Unido terminou sem nenhuma eólica offshore contratada. Ao todo, foram comercializados 3,7 GW de capacidade, incluindo renováveis (eólica onshore, solar e geotérmica).

– O teto tarifário previsto para os projetos marítimos, de 44 libras por MWh, afastou os investidores, segundo a BBC.

Os preços do petróleo seguem flutuando acima dos US$ 90 por barril no mercado futuro. Brent é negociado a US$ 90,58, praticamente estável na manhã desta segunda (11/9).

Diesel. As refinarias da Petrobras atingiram Fator de Utilização Total (FUT) de 97,3% em agosto, o maior desde dezembro de 2014, informou a companhia na sexta (8/9). A produção total de diesel foi de 3,78 bilhões de litros no mês, sendo dois terços (2,37 bilhões) de diesel S10, com menor enxofre.

Preços. A companhia afirma que “os resultados são importantes para o amortecimento da volatilidade de preços do mercado externo”.

Argentina. A Justiça dos EUA condenou a Argentina a pagar uma indenização bilionária a dois acionistas minoritários da YPF afetados pela desapropriação da petroleira pelo governo argentino em 2012.

– O processo foi movido pelo fundo Burford Capital Limited, em nome da Petersen Energia Inversora e do Eton Park Capital Management. O governo argentino disse que vai recorrer da decisão.