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Investimento da TAG na conexão do Terminal de Sergipe contribui para desconcentração do mercado de gás no NE
Nordeste tem hoje o menor índice de concentração do mercado de gás brasileiro. Novas fontes de gás conectadas no transporte promovem concorrência e segurança energética
FONTE: TN Petróleo
O diretor comercial e regulatório da TAG, Ovidio Quintana, disse nesta quinta-feira (17), que o mercado de gás no Nordeste está próximo de poder ser considerado como de baixa concentração (índice HHI 2022), graças à multiplicidade de agentes que conseguem acessar esse mercado. Quintana participou do painel sobre transporte e distribuição de gás da Sergipe Oil&Gas, em Aracaju, e deixou uma mensagem otimista para os participantes ao falar do investimento de R$ 340 milhões da empresa na conexão do Terminal de Sergipe à malha nacional de gasodutos.
“É um investimento que mitiga riscos setoriais e garante segurança e competição no mercado de gás, reforçando o papel do gás natural na transição energética”, resumiu.
Segundo ele, o novo gasoduto tem cerca de 25 quilômetros e capacidade para transportar 14 milhões de metros cúbicos por dia. O projeto contribui para o processo de desconcentração, viabiliza a atração de novos investimentos para o estado e oferece acesso de novas fontes de suprimento ao mercado, inicialmente com GNL do terminal e, no futuro, gás nacional da Bacia Sergipe-Alagoas. Traz também mais segurança energética e de suprimento para a região.
“Sergipe é grande no mundo do gás e estamos juntos (com Sergipe) no desafio de atrair investimentos”, disse. “Não basta ter o gás. Temos que investir em infraestrutura para fazer com que ele chegue ao mercado”, completou.
O executivo comparou Sergipe ao Catar, frisando que o estado pode aproveitar o potencial das suas reservas de gás para acelerar seu desenvolvimento. “Embora seja o menor estado brasileiro, Sergipe tem o dobro da área geográfica do Catar, que usou suas reservas de gás para impulsionar seu desenvolvimento econômico”, completou, destacando a alta renda per capita no país.
Segundo Quintana, novos agentes já representam 30% da receita da TAG em sua malha na costa brasileira. Entre janeiro de 2022 e janeiro de 2023, a participação deles cresceu 22%. O resultado é que o índice que mede a concentração de mercado a partir do market share, no Nordeste, é cerca de cinco vezes menor do que no restante do país. “A multiplicidade de agentes que acessam a rede no Nordeste tornou o preço do gás mais competitivo na região”, completou.
Conexão do Terminal de Sergipe foi destaque em evento de Aracaju.
O projeto de interligação do Terminal de Sergipe à malha da Transportadora Associada de Gás – TAG foi destaque no evento Sergipe Oil&Gas, realizado entre os dias 16 e 17 de agosto, em Aracaju. Iniciado em fevereiro deste ano, o projeto avança na etapa de construção e montagem com o abaixamento dos primeiros dutos fabricados em aço carbono de liga especial na faixa de gasodutos em construção. O gasoduto atravessará três municípios sergipanos: Barra dos Coqueiros, Santo Amaro das Brotas e Rosário do Catete, totalizando cerca de 25 km de extensão. O projeto prevê, além da instalação do novo gasoduto, a construção das infraestruturas de acesso necessárias para conexão do Terminal de Armazenamento e Regaseificação de GNL da ENEVA à malha da TAG.
“Estamos empregando as mais modernas práticas e tecnologias em construção de gasodutos, visando a segurança e confiabilidade durante as obras e na futura operação do ativo”, afirma Marcos Benicio, diretor Técnico Operacional da TAG. A previsão é que o gasoduto esteja em plena operação comercial a partir de 2024. Atualmente, a TAG possui cerca de 350 km de gasodutos em operação no Estado de Sergipe, atendendo, a partir da distribuidora local Sergás, ao fornecimento do energético para o mercado local.