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Paracel deve iniciar construção da nova fábrica de celulose no Paraguai em 2024
O investimento total do projeto foi estimado em US$ 4 bilhões e terá capacidade para produzir 1,8 milhão de toneladas de celulose kraft por ano
FONTE: Portal Celulose
Na última terça, 8, Per Olofsson, presidente do Conselho de Administração da Paracel afirmou que o projeto da companhia está evoluindo e a previsão é de que a construção da fábrica de celulose kraft de eucalipto em Concepción, no Paraguai, seja iniciada em 2024. Em junho, a companhia havia anunciado o adiamento da construção da nova unidade.
“É um momento bom para falar sobre o projeto, uma vez que estamos avançando na primeira fase [focada no plantio de florestas] e estamos mais fortes do que nunca”, declarou Olofsson.
O projeto compreende um investimento total estimado em US$ 4 bilhões e deverá ter capacidade para produzir 1,8 milhão de toneladas de celulose por ano. O prazo estimado para conclusão das obras, após seu início é de 28 meses, portanto, espera-se que a nova unidade da Paracel comece a operar em 2027.
O projeto é comporto por sócios de três grupos familiares – Zapag, do Paraguai, Girindus, da Suécia e Heinzel, da Áustria – além disso, ainda conta com investidores minoritários paraguaios. Recentemente, a companhia anunciou Flavio Deganutti, como seu novo seu CEO, que antes atuava no negócio de papéis da Klabin.
Segundo Olofsson, a Paracel deve encerrar 2022 com 40 mil hectares de florestas plantadas, sobretudo no Paraguai, e até 2026 terá 100% do plantio da base florestal planejada. O mix de madeira própria deve ficar em 60% e de terceiros em 40%. Há planos para mais 100 mil hectares plantados.
A previsão inicial era fazer da Paracel uma fábrica flexível, apta a produzir celulose solúvel e celulose kraft, aos moldes da fábrica da Bracell, instalada no interior de São Paulo. No entanto, após avançar nos estudos de engenharia, a companhia decidiu construir uma nova linha totalmente dedicada à produção de celulose kraft.
“O custo caixa de produção da Paracel vai ser muito parecido com o de outros projetos na região, mas alguns fatores, como logística, podem ser uma vantagem”, concluiu o executivo.