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Projetos em curso nos campos com produção em declínio
FONTE: Brasil Energia
O projeto de revitalização do campo de Marlim, operado pela Petrobras na bacia de Campos, prevê o remanejamento e perfuração de dezenas de poços, entre produtores e injetores, que produzirão o pré e pós sal dos campos de Marlim e Voador. Além disso, haverá substituição de nove unidades por dois FPSOs e a instalação de uma série de manifolds submarinos.
O início de produção está previsto para esse ano de 2023, com a manutenção da produção e operação do campo até 2048. A Petrobras já estuda implantar projetos de revitalização nos campos de Marlim Sul e Marlim Leste, que estão em operação desde 1994 e 2000, respectivamente. O mais provável é que sejam instaladas uma ou duas novas unidades de produção, mas a proposta só deverá ser aprovada no final do ano.
Roncador
A produção dos primeiros seis poços IOR (sigla que passou a ser usada mais recentemente que engloba todos os métodos de recuperação) do campo teve início no ano passado. O acordo da aliança entre Petrobras e Equinor inclui um programa de eficiência energética e redução de emissões de CO2. “A parceria fortaleceu a governança operacional de redução de CO2 e KPIs (indicador-chave de desempenho) em linha com o que foi estabelecido no Acordo de Paris”, diz a Equinor.
Peregrino
Em Peregrino, onde a Equinor é operadora e parceira da Sinochem, desde 2011 contabiliza-se mais de 210 milhões de barris de óleo produzidos. Após cerca de dois anos de parada na produção para manutenção e reparos técnicos, a pressão dos reservatórios nas áreas drenadas pelas plataformas A e B foi recarregada por um “forte aquífero”, o que, nas palavras da petroleira norueguesa, contribuiu significativamente para o aumento da produtividade dos poços. Os investimentos dedicados à instalação de uma nova plataforma (Peregrino C) e ao extenso programa de manutenção, modernização e reparos contribuíram para o aumento da capacidade do campo e para a melhora na intensidade de emissões do ativo.
Com o desenvolvimento da Fase 2, a vida do campo foi estendida para 2040, além do adicional de 250 a 300 milhões de barris de óleo. “Pretendemos diminuir pela metade as emissões de CO2 por barril no restante da vida do campo”. A nova plataforma conta com instalações de perfuração, bem como um novo gasoduto que importa gás para a plataforma, para substituição do diesel na geração de energia.
Um dos projetos atualmente em fase de estudos em Peregrino prevê a injeção de polímero como um método de recuperação avançada no campo. A implementação de um projeto piloto de injeção de polímero em um campo offshore em produção é importante para compreender a relação entre a injeção ótima de polímero e a recuperação de óleo incrementada em escala de reservatório
Fazenda Malaquias
Um relatório da ANP relata que, como estudo de caso, a Petrobras (UO-RNCE) apresenta também o projeto Powerwave, o qual se dá pela injeção pulsante de água no campo terrestre de Fazenda Malaquias, iniciado em meados de 2015, que consiste na geração de ciclos de abertura e fechamento da passagem da água injetada, gerando ondas de pressão que se propagam pela água e pela rocha reservatório.
“Os possíveis efeitos do Powerwave são monitorados nas curvas de produção de óleo e água. Na injeção pulsada, os pulsos provocam a expansão dos poros, proporcionando uma melhor distribuição dos fluidos injetados e diminuindo os possíveis fingers de uma injeção tradicional”.