FONTE: PetroNotícias

O tão falado interesse da indústria mundial offshore no Brasil está sendo sentido na pele durante a OTC Houston 2023. O evento dedicou um painel inteiro para debater as oportunidades de atividades offshore no país e a recepção do público superou até mesmo as previsões mais otimistas. Com um auditório lotado, inclusive com algumas pessoas em pé, alguns dos principais nomes do setor de óleo e gás do Brasil falaram sobre como as petroleiras instaladas no país estão planejando fortalecer o investimento em energia offshore. Com projeções animadoras apresentadas por executivos da Petrobrás, Shell e ExxonMobil, o público que acompanhou o painel saiu com um sentimento positivo e boas perspectivas de novos investimentos.

O painel “Brazilian Energy Outlook” teve apresentações do diretor de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobrás, Carlos Travassos; do presidente da ExxonMobil Brasil, Alberto Ferrin; do presidente da Shell Brasil, Cristiano Pinto da Costa; do diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboia; do presidente da Abespetro, Rodrigo Ribeiro, e do presidente da ABPIP, Marcio Felix. A moderação do painel foi realizada pelo presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Roberto Ardenghy, e pelo diretor de operações da Enauta, Carlos Mastrangelo.

Durante a apresentação, a Petrobrás enfatizou o pré-sal, a descarbonização e as novas energias renováveis. A estatal brasileira lembra que o potencial de geração estimado do país é de 700 GW em locações offshore com profundidades de até 50 metros – um volume que corresponde a mais de 30 vezes a capacidade de geração instalada hoje no mundo. “Nós temos as condições e precisamos avançar em tecnologia, regulação e nos desafios de custo e infraestrutura”, disse Travassos.

Enquanto isso, as multinacionais ExxonMobil e Shell aproveitaram o evento para reafirmar que o Brasil é um país com grande potencial, legislação robusta e contratos seguros. Os executivos das duas empresas demonstraram que estão alcançando bons resultados no país e que ambas as companhias vão continuar investindo no Brasil, inclusive em parceria com a Petrobrás.