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LCOE de eólicas offshore se torna competitivo a partir de 2030
Segundo estudo da consultoria Essenz e do Coppe-UFRJ, o custo nivelado de energia da fonte cai gradualmente até chegar próximo de R$ 105/MWh, no melhor cenário, até 2050
FONTE: Brasil Energia
Estudo sobre a cadeia de valor da energia eólica offshore apresentado nesta terça-feira (17/01) em webinar da Abeeólica aponta que o custo nivelado de energia (LCOE, na sigla em inglês) da tecnologia da fonte vai se tornar competitiva a partir de 2030, em comparação com outras formas de geração já maduras.
Realizado em cooperação com a consultoria Essenz Soluções e a Coppe-UFRJ, a conclusão se baseia em modelagem matemática para dois cenários: um batizado pelos pesquisadores de “Navegar é Preciso”, pelo qual a redução média anual do capex dos projetos cairia 3% até 2040 e de 0,5% entre 2040 e 2050, e um segundo, “Mar Azul”, mais otimista, teria redução média anual de 6% até 2040 e de 1% entre 2040 e 2050.
Pela modelagem, o LCOE da nova fonte passaria dos atuais R$ 333/MWh para a faixa entre os dois cenários, de R$ 159 a R$ 231 por MWh, em 2035, até chegar em 2050 a uma oscilação de custo entre R$ 105 e R$ 189/MWh.
Segundo o estudo, na comparação mais direta com outras tecnologias renováveis o LCOE, que ainda não é competitivo, já que as demais fontes tendem a ter custo inferior a R$ 250/MWh, passará a partir de 2030 a ser comparável ao LCOE de PCHs e de alguns projetos solares fotovoltaicos, principalmente o de usinas flutuantes, mais caras.
Mas com a queda ao longo dos anos o cenário se torna melhor, ao chegar próximo dos R$ 200/MWh no decorrer da próxima década. No cenário Mar Azul, o estudo aponta que o LCOE inferior a R$ 160/MWh em 2035 torna a fonte competitiva com as demais renováveis, incluindo aí as eólicas onshore.
Já em 2040, para o estudo, os projetos eólicos offshore passam a ser extremamente competitivos, chegando aos R$ 105/MWh em 2050 no melhor cenário.