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Galvani prevê investimentos de R$ 2,5 bilhões para ampliar a produção nacional de fertilizantes

FONTE: Minérios & Minerales

Empresa 100% brasileira e líder em produção e distribuição de fertilizantes no Matopiba, a Galvani possui um robusto plano de expansão. Para os próximos anos, a companhia prevê investimentos de R$ 2,5 bilhões na ampliação do negócio. O plano de expansão da Galvani conta com projetos de mineração, produção, mistura e distribuição de fosfatados nas regiões Norte e Nordeste. Dentre as iniciativas do portfólio, destaca-se o Projeto Santa Quitéria, no Ceará, conduzido pela empresa em consórcio com a estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB), e a ampliação da capacidade do Complexo Industrial de Luís Eduardo Magalhães (BA).

PROJETO SANTA QUITÉRIA (CE)

O Projeto Santa Quitéria, que prevê a construção e a operação de um complexo mineroindustrial, produzirá anualmente de cerca de 1,05 milhão de toneladas de fertilizantes fosfatados, 220 mil toneladas de fosfato bicálcico (usado na nutrição animal) para atendimento da agropecuária no Norte e Nordeste e de 2,3 mil toneladas de concentrado de urânio – que será convertido em hexafluoreto de urânio (UF6) no exterior, retornando ao Brasil para uso na fabricação do combustível para a geração termonuclear de Angra 1, 2 e, futuramente, 3. Com um investimento previsto de R$ 2,3 bilhões, o empreendimento possibilitará a criação de postos de trabalho, aumento da massa salarial, contratação de mão de obra local e crescimento da arrecadação de impostos, gerando receitas para os municípios. O projeto também pode atrair novas empresas para a cidade, assim como aumentar a procura por serviços diversos, como restaurantes, hotéis, borracharias e mercados, entre outros, impulsionando a circulação de renda na região e melhorias de infraestrutura e serviços públicos. Serão criados mais de 8 mil postos de trabalho diretos e indiretos durante as obras e cerca de 2,8 mil na fase de operação.
Vale ressaltar que o Consórcio Santa Quitéria desenvolveu e aprimorou, nos últimos 10 anos, uma nova rota de concentração mineral, mais eficiente e ambientalmente mais segura. Dentre os pontos mais relevantes das modificações estão: maior eficiência no aproveitamento do minério; eliminação da necessidade de barragem de rejeitos; redução no consumo de água; e aumento de eficiência energética com geração própria de energia na fase de operação do empreendimento. Neste momento, o projeto está em fase de licenciamento ambiental e nuclear. O Consórcio Santa Quitéria tem apresentado e discutido o projeto abertamente com representantes da sociedade civil de diversas localidades. Em junho, foram realizadas audiências públicas nos municípios de Santa Quitéria, Itatira e Canindé.

PLANO DE EXPANSÃO TEM INÍCIO NA BAHIA

A Galvani investirá cerca de R$ 200 milhões na unidade de Luís Eduardo Magalhães nos próximos dois anos, o que resultará na duplicação da capacidade anual de produção, que saltará de 600 mil toneladas para 1 milhão e 200 mil toneladas de fertilizantes. As obras de expansão já foram iniciadas com a construção de armazém graneleiro, silo e uma segunda fábrica de ácido sulfúrico. A planta antiga de ácido sulfúrico foi totalmente renovada. Somando a renovação da unidade do Complexo Industrial de Luís Eduardo Magalhães com o que será produzido em Santa Quitéria (projeto em fase de licenciamento), a produção da Galvani deverá ser quadruplicada até 2026. Com isso, a Galvani será responsável por uma produção equivalente à demanda de 25% do total de fertilizantes fosfatados e metade do fosfato bicálcico consumidos atualmente na soma das regiões Norte e Nordeste, conferindo mais segurança ao agronegócio brasileiro. IRECÊ A unidade de mineração de Irecê, na Bahia, está em fase de licenciamento ambiental e irá implantar uma nova rota tecnológica para o melhor aproveitamento do fosfato primário. Quando houver liberação dos órgãos responsáveis para a retomada da operação em Irecê, a unidade, que terá capacidade para produzir cerca de 200 mil toneladas de concentrado fosfático por ano, irá fornecer matéria-prima para o Complexo Industrial de Luís Eduardo Magalhães. Para isso, a Galvani irá investir R$ 340 milhões na unidade.