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CLI planeja fase 3 para expandir capacidade em Itaqui

FONTE: Revista OE

A CLI, (Corredor Logística e Infraestrutura), uma das quatro operadoras do Terminal de Grãos do Maranhão (TEGRAM), concluiu em parceria com a empresa de logística Rumo a aquisição de 80% dos terminais da Elevações Portuárias S/A (EPSA), empresa responsável pelos terminais 16 e 19 do Porto de Santos, SP. Controlada pela gestora IG4 Capital e pela australiana Macquarie Asset Management, a CLI divulgou a informação nesta segunda-feira, dia 14, em entrevista no jornal Valor Econômico.

O contrato, que já havia sido anunciado em julho deste ano, foi viabilizado com um aumento de capital de R$ 500 milhões totalmente subscrito pelo fundo Macquarie Infrastructure Partners V (MIP V), em operação que selou a entrada da múlti australiana como sócia. Os dois terminais, 16 e 19, são integrados e tratados como um só, foram negociados por R$ 1,4 bilhão. A Rumo ficou com os 20% restantes. Êles tem capacidade total para 16 milhões de toneladas por ano, divididas em partes iguais entre grãos e açúcar.

Devido o aumento de capital, a Macquarie, uma das maiores investidoras globais em infraestrutura, com carteira de quase US$ 800 bilhões, assumiu 50% da CLI. No porto de Santos, deverão ser movimentadas 7,5 milhões de toneladas de açúcar e 4,2 milhões de toneladas de grãos (soja e milho) em 2022, e em Itaqui o volume deverá chegar a 4 milhões de toneladas de grãos, ante 2,8 milhões em 2021, quando o fluxo foi prejudicado pela quebra da segunda safra de milho.  Como um todo, as exportações de grãos em Itaqui tendem a somar 13 milhões de toneladas este ano.

Segundo Helcio Tokeshi, diretor e sócio da IG4, “esses resultados positivos se devem ao nosso modelo de terminal bandeira branca”, disse. A empresa trabalha com todas as tradings interessadas, e o que determina o sucesso da parceria são os serviços oferecidos e eficiência da operação.

Em Itaqui, complementou Marcos Pepe Bertoni, diretor de operações da CLI, recentemente foram renovados contratos com tradings por períodos entre dois e três anos, e a expectativa, sem quebras de safras, é de forte aumento nos volumes de soja e milho exportados.

Daí porque a empresa e suas sócias no Tegram — Glencore, Terminal Corredor Norte (ligada à trading NovaAgri) e ALZ Terminais Portuários (controlada por Amaggi, Louis Dreyfus Company e Zen-Noh Grain) — continuam planejando iniciar a “fase 3” de expansão do terminal, para ampliar a capacidade estática de armazenamento de 500 mil para 900 mil toneladas.  Para essa terceira fase, lembra Pepe, os investimentos estimados serão de R$ 500 milhões a R$ 600 milhões.

Terminais da Rumo, em Santos, agora da CLI. Foto Matheus Tagé
Terminais em Santos