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Etanolduto da Logum ganha musculatura no Sudeste do país
Estrutura da companhia deverá movimentar 15% da demanda nacional pelo biocombustível em 2023
FONTE: Valor Econômico
O etanolduto concluiu sua principal etapa de expansão para a região metropolitana de São Paulo e já está abastecendo 50% da demanda da região por etanol hidratado e pelo anidro que é misturado à gasolina vendida na região. O feito ocorreu em setembro, cinco meses depois de a Logum, responsável pela estrutura, começar a atuar no terminal de entrega de São Caetano do Sul, o principal da região.
Em setembro, passaram 400 milhões de metros cúbicos de etanol por todo o sistema de dutos operado pela Logum, mais do que o dobro da média mensal histórica. De janeiro a setembro, a companhia entregou 2,3 bilhões de litros do biocombustível, um volume superior ao de todo o ano de 2021. Nesse ritmo, a movimentação deve alcançar 3 bilhões de litros até o fim do ano, um recorde para a empresa.
O duto recebe etanol das usinas do interior em Uberaba (MG), Ribeirão Preto (SP) e Paulínia (SP) e depois distribui o biocombustível em diversos pontos da região metropolitana da capital paulista até Volta Redonda, no Rio de Janeiro. No fim do ano passado, a Logum concluiu o terminal de entrega em Guarulhos, mas o principal terminal era o de São Caetano do Sul, que foi concluído em abril.
Antes da entrega dos dois terminais, a companhia era responsável por 20% da movimentação de etanol na Grande São Paulo. A expansão do duto na região no último ano já substituiu 4 mil viagens de caminhão tanque, o que reduziu o custo financeiro e também as emissões de gases de efeito estufa, comemora Leandro Almeida, que assumiu a presidência da Logum em fevereiro.
“À medida que o sistema foi sendo ampliado, o mercado começou a ver o ganho de produtividade e de competitividade e o apelo da agenda ESG”, afirma o executivo.
Longo prazo
A maioria dos contratos que as usinas têm com a Logum é de longo prazo, de mais de cinco anos. Também há compromissos anuais e mensais, mas os clientes que têm contratos mais curtos têm migrado para os anuais.
O CEO acredita que essa mudança já atesta que o etanolduto é competitivo se comparado com o modal rodoviário. “Conforme entendem a viabilidade e a competitividade do duto, os clientes que têm contratos mais curtos estão ficando mais abertos a acertar prazos maiores”, afirma. Na média, a companhia busca manter um desconto de 10% em relação aos valores do frete rodoviário.
A próxima etapa da expansão da estrutura será a entrega do terminal de São José dos Campos (SP), que deverá atender os consumidores do Vale do Paraíba e do litoral norte de São Paulo. Com essa entrega, prevista para ocorrer no primeiro trimestre de 2023, a Logum espera movimentar 5 bilhões de litros de etanol por ano, o que representaria cerca de 15% da oferta nacional do biocombustível.