FONTE: Brasil Energia

Lançada em maio, a startup Reverde oferece ao consumidor residencial o fornecimento de energia solar fotovoltaica advinda de usinas que geram créditos a serem descontados na conta de luz. O modelo é atrativo principalmente para moradores de apartamentos, que não podem instalar painéis solares onde residem. A companhia já conta com 100 clientes e tem a meta de atingir 500 até o fim deste ano.

O CEO da Reverde, Felipe Mattos, disse ao EnergiaHoje que tem parceria com uma empresa que está terminando de construir três usinas solares e pretende instalar mais quatro até dezembro, totalizando sete unidades capazes de atender em torno de 300 clientes no estado do Rio de Janeiro.

“Para atender aos outros 200 clientes da nossa meta, estamos prospectando novas parcerias com empresas que investem em usinas”, contou.

A Reverde disponibiliza três planos aos clientes: o primeiro proporciona 5% de economia, sem compromisso, enquanto o segundo promete até 12%, com exigência de um ano de fidelidade. Já o terceiro é de até 15% de desconto na fatura de energia, com dois anos de fidelidade.

Mattos é engenheiro de computação e trabalha há mais de 15 anos com tecnologia. A Reverde é a segunda startup que ele fundou, sendo esta junto ao sócio Felipe Figueiredo, ex-Omega Energia. A primeira foi na área de educação, a Studiare, posteriormente adquirida pelo grupo Kroton.

O que motivou Mattos a criar a Reverde foi ajudar o consumidor a economizar, tendo em vista que, segundo ele, a família média brasileira destina 9% da sua renda para contas fixas (energia, telefonia, gás e água) — mais do que gasta com saúde e educação.

Uma pesquisa feita pela startup com 170 pessoas do Rio de Janeiro e São Paulo mostrou que nenhuma conhecia a modalidade de geração distribuída compartilhada de energia.

Para conquistar mais clientes, a empresa foca em simplificar e agilizar o serviço, por meio de atendimento on-line, com uso de WhatsApp. A ideia é oferecer soluções não apenas na área de eletricidade.

Investimentos

A Reverde conta com sete investidores anjos e pretende fechar uma rodada de investimento conhecida como seed em meados de agosto. De acordo com Mattos, uma startup costuma levantar entre US$ 1,5 milhão e US$ 3 milhões em uma rodada desse tipo.

Outro plano da empresa é lançar nos próximos meses um aplicativo para os consumidores acompanharem suas contas. No quesito satisfação de clientes, as metas são ter Net Promoter Score (NPS) maior que 40 e ter pontuação acima de 4,5 no Google Review.

Para elevar a qualidade do serviço prestado, a Reverde investe em algoritmos voltados ao atendimento ao cliente e análise de dados. Além disso, a startup estuda expandir sua área de atuação para a Região Nordeste.