UTILIZAÇÃO DE SONDAS DE PERFURAÇÃO NO MUNDO ESTÁ CRESCENDO, COM CAPACIDADE DA FROTA PERTO DO LIMITE

FONTE: Petronotícias

A alta no barril de petróleo e a busca por outras fontes de petróleo e gás fora da Rússia reverberam no mercado como um todo. O segmento de sondas de perfuração está sentido isso na pele, com os números de utilização da frota atingindo novos patamares. De acordo com dados levantados pela Westwood Energy, a taxa de utilização de navios-sondas em abril chegou ao patamar de 92%, indicando um mercado com sua capacidade perto do limite. Segundo o levantamento, são cerca de 515 unidades comprometidas com contratos. O número considera tanto as unidades atualmente em atividade quanto aquelas que estão paradas, mas que devem iniciar novas campanhas de perfuração em breve.

Divida isso ainda mais por região ou tipo específico de plataforma (incluindo design, idade e recursos), então esses números se tornam ainda maiores em alguns casos; claramente demonstrado pelos mercados do Golfo do México e do Brasil, que atualmente estão com todas as plataformas atualmente alugadas ou se preparando para campanhas futuras”, escreveu a diretora de pesquisa da Westwood, Teresa Wilkie.

sondaEnquanto isso, a utilização de sondas semissubmersíveis está em 82%, um pouco atrás do índice registrado nas sondas do tipo autoelevatórias (jack-up), que registram 89%. De acordo com a Westwood, as taxas diárias estão aumentando rapidamente, as reativações de plataformas começaram e as vendas de unidades retidas nos estaleiros estão decolando.

Pela primeira vez em vários anos, devido a essa crescente utilização comprometida, a maioria dos novos contratos de sondas está sendo fixada em taxas diárias mais altas do que seus contratos anteriores – outro indicador de um mercado de sondas cada vez mais apertado”, acrescentou Teresa.

À medida que as sondas ativas se esgotam, especialmente aquelas que atendem às especificações técnicas exigidas para a campanha de um operador, os empreiteiros de perfuração começaram a avaliar as frotas hibernadas ou de novas construções paradas para ajudar a remediar a súbita escassez de fornecimento. Com muitos operadores licitando programas de perfuração, que não começam até o final de 2022 ou em 2023, as empresas de perfuração têm o tempo necessário para reativar ou concluir a construção dessas plataformas, avalia a Westwood.

sondaEssas sondas, no entanto, só são reativadas para contratos assinados de vários anos. Os proprietários de plataformas não têm recursos financeiros para reativar especulativamente, uma vez que os custos para esse trabalho no estaleiro são estimados, por exemplo, com uma plataforma flutuante, entre US$ 50 milhões e US$ 100 milhões.

Nesse ínterim, à medida que as licitações e as negociações diretas para plataformas offshore continuam a aumentar, especialmente com o foco renovado na segurança energética após a invasão da Ucrânia pela Rússia, a disponibilidade da plataforma será reduzida ainda mais e as diárias (que agora atingiram cerca de US$ 400.000 por dia para navios-sonda de 7ª geração) têm o potencial de atingir níveis nunca vistos em quase uma década.

À medida que mais dessas unidades inativas entrarem na frota – e esse será o caso – a taxa de utilização comprometida continuará a aumentar e as diárias inevitavelmente seguirão”, finalizou.