ANP negocia 59 blocos exploratórios na oferta permanente

FONTE: EPBR

Edição de 2022 foi a mais bem-sucedida desde que o novo modelo de licitação sob demanda foi criado

O 3º Ciclo da Oferta Permanente da ANP negociou, nesta quarta-feira (13/4), 59 blocos exploratórios e arrecadou R$ 422 milhões em bônus de assinatura.

Foi o melhor resultado para uma rodada no modelo da oferta permanente em termos de receita para o Tesouro, com bônus, e áreas licitadas. Para efeitos de comparação, o 1º Ciclo da OP, em 2019, movimentou R$ 15,3 milhões e negociou 33 ativos. O 2º Ciclo, em 2020, por sua vez, levantou R$ 30,9 milhões em bônus e vendeu 17 concessões.

O ágio médio da rodada foi de 854%. Ao todo, 13 empresas diferentes arremataram áreas na licitação.

A francesa TotalEnergies e o consórcio formado pela Shell e Ecopetrol foram os protagonistas do leilão, numa disputa pelos ativos localizados em águas profundas da Bacia de Santos.

A Petro-Victory e a Origem Energia também se destacaram como as empresas que mais arremataram blocos, todos eles no onshore. A Origem comprou 18 no total, com foco na Bacia Sergipe-Alagoas, onde se concentra o Polo Alagoas — ativo comprado pela companhia junto à Petrobras, por US$ 300 milhões. A Petro-Victory levou 19 áreas.

Quem levou o quê?

  • TotalEnergies(100%): Pagou, sozinha, R$ 275 milhões em bônus de assinatura em dois blocos na Bacia de Santos. Nos dois casos, superou as ofertas da Shell/Ecopetrol.
  • Shell(70%)/Ecopetrol (30%): O consórcio vai desembolsar R$ 140 milhões por seis blocos na Bacia de Santos. Em quatro dos blocos arrematados, superou os lances da TotalEnergies. Do total, a Shell pagará R$ 98 milhões e a Ecopetrol, R$ 42 milhões.
  • Petro-Victory(100%): A empresa pagará R$ 1 milhão por 19 blocos na Bacia Potiguar.
  • Origem Energia(100%): A empresa adquiriu 14 blocos na Bacia Sergipe-Alagoas, por R$ 1 milhão em bônus de assinatura. Também levou quatro blocos na Bacia Tucano Sul, por R$ 1,2 milhão.
  • 3R Petroleum(100%): Arrematou seis blocos na Bacia Potiguar, por R$ 1 milhão.
  • Petroborn(100%): Adquiriu dois blocos na Bacia do Recôncavo, por R$ 570 mil.
  • NTF(100%): A companhia arrematou o bloco REC-T-24, na Bacia do Recôncavo, por R$ 501 mil.
  • NTF (50%)/Newo(50%): O consórcio levou o bloco REC-T-191, na Bacia do Recôncavo, por R$ 80 mil.
  • CE Engenharia(100%): A empresa arrematou o bloco ES-T-399, na Bacia do Espírito Santo, por R$ 205 mil.
  • Imetame(30%)/Seacrest (50%)/ENP (20%): O consórcio levou o bloco ES-T-528, na Bacia do Espírito Santo, por R$ 150 mil.
  • Imetame (30%)/ENP (70%):Arrematou dois blocos na Bacia Tucano Sul, por R$ 1,3 milhão.