TAG fecha 22 contratos de transporte de gás com seis empresas

FONTE: Valor Econômico

A Transportadora Associada de Gás (TAG) fechou 22 contratos de prestação de serviço de transporte de gás com seis empresas, que vão passar a compartilhar o uso da malha integrada de gasodutos da companhia.

Os acordos foram assinados com produtores como Equinor, Galp, Shell, PetroReconcavo, Potiguar E&P e SPE Miranga, e uma empresa consumidora pelo mercado livre, a Proquigel.

Os contratos são no regime de entrada e saída, modelo que permite que um agente negocie a injeção de gás num ponto e a retirada do volume em outro local, sem que haja necessidade de pagar tarifas para cada trecho de gasoduto no percurso. A contratação de capacidade dessa forma passou a ser possível no Brasil a partir das atualizações regulatórias do mercado de gás nos últimos anos.

No caso dos acordos fechados pela TAG, seis contratos totalizam 4,5 milhões de metros cúbicos por dia (m³/dia) de entrada e 16 contratos de saída, num total de 6 milhões de m³/dia.

De acordo com o presidente da companhia, Gustavo Labanca, o resultado da oferta é mais uma etapa da consolidação da abertura do mercado de gás no país.

“Agora vamos nos voltar à integração desses novos clientes e também desenvolver um portfólio de produtos e um calendário de oferta de capacidade com isonomia e transparência, que siga na direção de fornecer soluções e previsibilidade aos agentes de mercado no decorrer de 2022”, afirma Labanca.

Os contratos foram fechados a partir de um processo de oferta de capacidade extraordinária que teve duas rodadas. Segundo a TAG, todas as solicitações de reserva de capacidade foram atendidas e apenas dois agentes não apresentaram as garantias necessárias para finalizar o processo.

A previsão da companhia é realizar entre 27 e 30 de dezembro uma terceira rodada para oferta da capacidade disponível remanescente, com a contratação do serviço extraordinário anual com início de prestação em janeiro de 2022.

A TAG tem uma malha de 4500 quilômetros de dutos e é controlada pela Engie e pelo fundo canadense Caisse de dépôt et placement du Québec (CDPQ). As companhias assumiram o controle da transportadora em 2019, após arrematarem o ativo no processo de desinvestimentos da Petrobras.