Leilão para novos linhões de energia atrai investidores

FONTE: Valor Econômico

Certame deve atrair investidores e ter ampla concorrência pelos riscos baixos, mas câmbio e desarticulação das cadeias produtivas podem atrapalhar

O leilão de linhas de transmissão de energia, segundo de 2021, que será realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) hoje na sede da B3, deve atrair investidores, ter bastante concorrência e forte deságio, além da expectativa de investimento de R$ 2,9 bilhões.

Os cinco lotes no edital ficam nos Estados do Amapá, Bahia, Minas Gerais, Paraná e São Paulo e devem injetar 902 quilômetros em linhas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) e 750 megavolt-ampères (MVA) em capacidade de transformação de subestações.

Os cinco lotes no edital ficam nos Estados do Amapá, Bahia, Minas Gerais, Paraná e São Paulo e devem injetar 902 quilômetros em linhas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) e 750 megavolt-ampères (MVA) em capacidade de transformação de subestações.

Outro lote de importância é o 5, no Amapá, que consiste em uma nova subestação para o Estado – chamada Macapá III, que vai se conectar à subestação Macapá – e em uma linha de transmissão de 10 quilômetros. A Hitachi Energy costuma participar dos certames em parceria com investidores para fornecimento de equipamentos e instalações e forneceu transformadores da subestação que incendiou no Amapá. Como já conhece o desafio logístico, está atenta a oportunidades.

Para o professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel), Nivalde de Castro, o leilão seguirá a tendência de competição e forte deságio. “O segmento de transmissão é o mais seguro que existe do setor elétrico. É totalmente regulado e o vencedor ganha um contrato de 30 anos indexado ao IPCA e risco zero de inadimplência”.

Para Castro, a competição acontecerá também porque o empreendedor que conseguir antecipar as obras ganha uma Receita Anual Permitida (RAP) extra, o que é qualificado na viabilidade econômica para a entrega das linhas. Para Castro, a competição acontecerá também porque o empreendedor que conseguir antecipar as obras ganha uma Receita Anual Permitida (RAP) extra, o que é qualificado na viabilidade econômica para a entrega das linhas.

Para Castro, a competição acontecerá também porque o empreendedor que conseguir antecipar as obras ganha uma Receita Anual Permitida (RAP) extra, o que é qualificado na viabilidade econômica para a entrega das linhas.

Na análise do presidente da Thymos Energia, João Carlos Mello, a importância do certame se deve pela expansão da geração bastante focada em eólica e solar e a confiabilidade do sistema que precisa de linhas de transmissão. “Com o advento das fontes renováveis, a complexidade da rede ficou mais intensa”.

Ele destaca a importância do lote 1, complementação da interligação Sul-Sudeste com 726 km, além da relevância dos lotes 2 e 3 para exportação de renováveis do Nordeste. Mello diz que o leilão é favorável aos investidores, pois terá concorrência e riscos baixos.

“A Aneel compreendeu algum tipo de solicitação dos investidores para estender os prazos e essa modelagem está com uma convergência bem melhor (…) Os investidores gostam destes projetos, já que têm riscos baixos e uma receita ótima para fundos de pensão”, afirma.