PRODUTORES INDEPENDENTES ELEVARAM SUA PRODUÇÃO EM 300% NO RIO GRANDE DO NORTE

FONTE: Petronotícias

A produção de petróleo por operadoras independentes deu um grande salto nos últimos dois anos no Rio Grande do Norte. O volume de óleo extraído por essas companhias saltou de 4 mil barris de petróleo equivalente por dia (bpe/d) em 2019 para 16 mil bpe/d em 2020 – um crescimento de 300%. A informação foi apresentada pelo secretário de petróleo e gás do Ministério de Minas e Energia (MME), Rafael Bastos, durante a sexta edição do Fórum Onshore Potiguar. O evento aconteceu nesta semana, em Mossoró (RN).

Os pequenos produtores que operam campos maduros comprados da Petrobrás já representam 43,2% da produção potiguar. O Rio Grande do Norte produz hoje 37 mil bpe/d em 70 campos produtores – a maioria em terra. Segundo Bastos, o estado é o maior produtor de petróleo onshore no Brasil, e o quarto em produção nacional, se somados petróleo e gás. “Também é digno de destaque que, dos 52 pedidos à ANP de redução de royalties para até 5% por empresas de pequeno porte, 39 pedidos provêm do Rio Grande do Norte”, ressaltou o secretário.

A Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo (ABPIP), que também participou do fórum, apresentou dados que confirmam esse cenário positivo. Levando em conta somente os associados da ABPIP, houve recolhimento de royalties de cerca de R$ 181 milhões até setembro deste ano. “Além disso, foi pago o montante de R$ 17,5 em milhões em participação pela produção aos proprietários de terras produtoras, no mesmo período. Isso corrobora a importância da operação dessas empresas para a construção de novo ciclo de desenvolvimento regional, com geração de emprego e renda decorrentes dessas atividades”, disse o secretário executivo da ABPIP, Anabal Santos Júnior.

Entre os desafios para a indústria apontados durante o evento, o que mais se destacou foi a questão do licenciamento ambiental do RN, considerado caro e lento. “Só não produzimos mais gás por limitações de licenciamento”, lamentou Marcelo Magalhães, da Potiguar E&P. “Que se mantenha a defesa ambiental, mas com mais agilidade nas licenças”, defendeu Ricardo Savini, da 3R Petroleum. “Não temos conseguido licenças para aumentar a produção”, complementou Miguel Nunez, da Imetame Energia.

O encontro reuniu também representantes do setor de óleo e gás de outros estados. Os sócios da Neo Vision, Lucas Jonis e Phillip Rios, associados à RedePetro Espírito Santo estiveram presentes no evento. “Muito interessante o evento e as perspectivas promissoras da revitalização de poços antigos que a 3R Petroleum e outras operadoras estão planejando”, desse Jonis.

O Fórum Onshore Potiguar, realizado pela associação Redepetro RN e Sebrae RN, teve ainda uma cerimônia simbólica para declarar Mossoró como a Capital do Onshore Potiguar, pela lei estadual nº 1.123/21. Durante o evento, também foi iniciada a preparação para a 3ª edição do Mossoró Oil & Gas Expo, que será realizada de 24 a 26 de maio de 2022. “A expectativa é de ser a maior de todas as edições”, afirmou o presidente da Redepetro RN, Gutemberg Dias.