FONTE: kincaid.com.br

Das 15 unidades previstas no novo plano estratégico da companhia, 12 FPSOs são para operação no pré-sal e três no pós-sal. Três projetos à frente deste horizonte estão em contratação: SEAP 1 (P-81), Búzios 9 (P-80) e Búzios 10 (P-82).

O plano estratégico 2022-2026 da Petrobras prevê 15 novos FPSOs em seis campos entre 2022 e 2026. O diretor de desenvolvimento da produção, João Henrique Rittershaussen, destacou, nesta quinta-feira (25), que a Petrobras terá sob sua operação cerca de 50% dos FPSOs que entrarão em operação no mundo nos próximos cinco anos. Das 15 unidades previstas, 12 FPSOs estão no pré-sal e três no pós-sal. Os projetos até 2025 já estão contratados e outros três, à frente deste horizonte, estão em contratação: SEAP 1 (P-81), Búzios 9 (P-80) e Búzios 10 (P-82).

A unidade SEAP 1 está em construção, e deve ser contratada por meio de processo BOT (built-operate-transfer). As unidades 9 e 10 de Búzios estão com processo em andamento, para contratação em modelo EPC. Para o primeiro trimestre de 2022 está prevista a entrada em operação do FPSO Guanabara. O diretor contou que essa plataforma deve sair de Dubai, nos Emirados Árabes, para o Brasil até final deste mês, já com comissionamento concluído e deve ir direto para a locação.

A previsão é que sejam investidos R$ 23 bilhões no campo de Búzios, que já tem quatro unidades em operação e terá mais seis em operação até 2026. O diretor destacou que, em menos de dois anos, a produção no campo chegou a 600.000 barris por dia, com expectativa de alcançar 1,7 milhão de barris/dia de capacidade instalada nos próximos cinco anos. Já o campo de Mero tem quatro novos FPSOs em construção.

Rittershaussen explicou que a manutenção do valor de investimento para FPSOs do pré-sal ocorre mesmo com aumento da complexidade dos sistemas de plataformas, referindo-se à capacidade de produção, separação e reinjeção de CO2 e à eficiência operacional. “Continuamos mantendo orçamento de US$ 4 bilhões a US$ 6 bilhões nos projetos típicos do pré-sal, dependendo se a unidade é própria ou afretada”, afirmou durante webcast sobre o plano estratégico.

O diretor disse que há um comprometimento alto de investimento nos três primeiros anos do novo plano estratégico e que, até 2025, todos os FPSOs já estão contratados com preço firme. A companhia agora contrata as unidades a partir de 2026. Ele ressaltou que a empresa começou a contratação dos equipamentos muito tempo antes porque grande parte dos itens a serem usados no desenvolvimento desses campos é de longo prazo de fornecimento. “Não tem como dizer que não tem impacto, mas ele [plano estratégico] fica muito amortecido. Estamos reavaliando os preços e, nas próximas revisões, se tivermos incremento de custos, eles serão realimentados pelos projetos futuros”, garantiu Rittershaussen.