DE OLHO NO MERCADO DE DESCOMISSIONAMENTO, SUPERBRAÇO QUER CONSTRUIR TERMINAL NA BAÍA DE SEPETIBA

FONTE: kincaid.com.br

A empresa SuperBraço Serviços Marítimos, armadora de sondas jack-up e proprietária de um estaleiro na cidade do Rio de Janeiro, pretende construir um Terminal de Uso Privado (TUP) de pequeno porte na Baía de Sepetiba, com o objetivo principal de movimentar sucatas oriundas do descomissionamento de plataformas de petróleo.

O terminal será construído em terreno adjacente ao estaleiro, na área do Canal de São Francisco, localizado no distrito industrial de Santa Cruz. Com investimento total estimado em R$ 7,5 milhões, as obras incluem a dragagem do canal, a construção das estruturas do terminal e de um dique flutuante para reparo de embarcações de pequeno e médio porte – este parte do estaleiro.

De acordo com o diretor da SuperBraço, Rodrigo Dresch, a proximidade do terminal com a indústria siderúrgica em Santa Cruz vai possibilitar uma nova rota para o descarte da sucata do descomissionamento, que atualmente é transportada pelo modal rodoviário, atravessando a cidade do Rio de Janeiro. Dessa forma, a sucata seria transportada por balsas até o TUP da SuperBraço, onde será feito o corte e transferência para carretas, responsáveis pelo transporte até as siderúrgicas.

Caso obtenha a outorga para construção do TUP, a empresa, que também atua no apoio marítimo e portuário, estará presente em toda a cadeia de descomissionamento, do “abandono do poço de petróleo, passando pela fase de descontaminação em mar aberto e descomissionamento, e por último a destinação final, que seria a etapa do terminal”, declarou o executivo.

Dresch deu início ao processo de autorização para construção do TUP na última sexta-feira (19/11), quando enviou documentação à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). No pedido, o executivo afirma que o período para execução da parcela de investimentos referente ao terminal, de R$ 225 mil, será de 90 dias. O diretor esclareceu que esse é o prazo para possibilitar a operação do cais do TUP, com as demais obras executadas em até um ano.

A construção do terminal depende de aval da Antaq. Na segunda-feira (22/11), a agência arquivou o processo devido à ausência de uma declaração, emitida pelo Ministério da Infraestrutura (Minfra), de adequação do empreendimento às diretrizes do planejamento e das políticas do setor portuário. O documento é requisito para a análise do pleito.

Segundo o diretor da SuperBraço, a empresa já solicitou a declaração ao Minfra e pretende submeter o projeto à análise da Antaq novamente.

A empresa brasileira, que mira o mercado de descomissionamento há cerca de dez anos, tem cinco plataformas autoelevatórias (jack-up) e adquiriu a Balsa Guidante e Lançamentos 1 (BGL-1) da Petrobras, leiloada em 2019.