Rumores sobre os enormes data centers da Meta apontam para um problema: a Big Tech aposta tudo em IA
Os investimentos em data centers se tornaram a grande atração das Big Tech.
FONTE: IGN Brasil.
A Meta está negociando a construção de um campus para um gigantesco data center. Ele seria destinado a seus projetos de inteligência artificial, e o custo potencial poderia ultrapassar US$ 200 bilhões, apontam fontes próximas a esses planos no The Information.
Locais potenciais. O projeto parece ter como objetivo a construção desse campus em estados como Louisiana, Wyoming ou Texas. Os responsáveis pela Meta já visitaram possíveis locais, indicam essas fontes. Esses três estados têm terras acessíveis, energia abundante e barata e até mesmo proximidade com grandes infraestruturas de comunicação pela Internet.
A Meta nega. Um porta-voz da Meta negou tais rumores, e indicou que a empresa já comunicou sua previsão de despesas de capital (capex). Na verdade, ele chama esses rumores de “pura especulação”.
Zuckerberg já deu dados sobre o capex. A verdade é que Mark Zuckerberg já deu informações precisas sobre sua previsão de capex para 2025. O número é muito alto, 65 bilhões de dólares, mas é aproximadamente um terço do que esses novos rumores apontariam.
Data centers em todos os lugares. A febre do investimento em data center parece ter se espalhado entre as grandes empresas de tecnologia, e todas elas têm anunciado recentemente projetos extraordinários para construir centros de dados dedicados à IA. Assim, temos:
- Amazon: 100 bilhões de dólares
- Microsoft: 80 bilhões de dólares
- Google: 75 milhões de dólares
- Meta: 65 bilhões de dólares
- Apple: 12 bilhões de dólares
E o Stargate? Enquanto isso, o outro grande projeto nesta área é sem dúvida o Stargate, liderado pela OpenAI e SoftBank como principais investidores e parceiros de tecnologia, e que teoricamente propõe um investimento de 500.000 milhões de dólares em quatro anos.
Mas os modelos de IA querem ser mais eficientes. Essa tendência de criar centros de dados gigantescos que consumirão grandes quantidades de energia contrasta com o fato de que os modelos de IA tentam ser cada vez mais eficientes e capazes, como vimos com o DeepSeek. Então, o que acontece com todo esse investimento, para onde se destina?
A demanda (teoricamente) crescerá muito. O que as Big Techs está fazendo é se preparar para uma adoção em massa da IA por clientes particulares e empresas. Embora o uso seja relativamente modesto hoje, esses investimentos apresentam um futuro claro. Um em que usaremos IA constantemente, como agora usamos a internet ou nossos celulares. E 8 bilhões de pessoas usando IA o tempo todo exigirá muita capacidade de computação.
E a IA local? Também se espera que parte dessa carga não seja executada nesses grandes data centers, mas em nossos dispositivos. Modelos pequenos — como Gemini Nano no Android ou Apple Intelligence no iPhone — poderão fornecer parte das funções que precisaremos, “baixando” parcialmente o que precisar dos data centers.
Mas, claro, as previsões da indústria e da Big Tech podem falhar. Esses imensos investimentos são uma aposta clara na revolução proposta pela IA, mas está para ser visto se essa tecnologia efetivamente se infiltrará em nossas vidas como os celulares ou a internet fizeram. Esta última, por exemplo, causou a bolha pontocom em 2000, e isso fez com que o debate sobre uma potencial bolha de IA também existisse.
**Texto traduzido do site parceiro Xataka.
**Traduzido por João Paes.