Brazil Iron entra na disputa por ativos da Bamin

O tamanho do investimento e a demora em algumas licenças são algumas das principais razões que dificultam a venda da Bamin, segundo apuração do Valor

FONTE: BPMoney.com.br

A Brazil Iron, empresa mineradora, é a mais nova interessada em investir na Bamin (Bahia Mineração), um dos ativos avaliados pela Vale, segundo apuração do Valor. De acordo com as fontes, a aproximação da empresa tem vistas para uma potencial aquisição, e as conversas com o acionista controlador estão em estágio inicial.

Anteriormente, o BPMoney já havia noticiado, com exclusividade, que o Governo Federal estava em busca de investidores para participar da compra da empresa e que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social) ficaria com 50% da Bamin, enquanto a Vale (VALE3) ficaria com 30% e outros 20% seriam do novo investidor.

O tamanho do investimento para viabilizar o projeto economicamente junto com a demora para obter algumas licenças, segundo as fontes do veículo, são as grandes dificuldades para avançar na venda da Bamin, segundo essas fontes.

Os valores relacionados ao negócio envolvem, além do preço de venda, de pouco mais de US$ 1 bilhão, outro montante na faixa dos US$ 3,5 bilhões a US$ 5 bilhões, que devem ser aplicados na operação e em infraestrutura logística para levar o minério extraído da Mina Pedra de Ferro, na região de Caetité, até um terminal portuário.

A mineradora Bamin é controlada pelo Eurasian Resources Group (ERG), um dos maiores produtores mundiais de cobalto e também de cobre. Um dos principais acionistas do grupo é a República do Cazaquistão.

Há alguns anos o ERG, que assumiu o controle da mineradora baiana em 2010, tem buscado um comprador para o projeto. Nesse movimento, o grupo chegou a abrir negociações com um grupo chinês, mas as tratativas não vingaram.