O estaleiro EBR envia os dois últimos módulos da P-79 para a Coreia do Sul, onde a plataforma está sendo montada

FONTE: Petronotícias.

O EBR (Estaleiros do Brasil) concluiu a entrega total dos módulos para a Saipem, contratada da Petrobrás para a fabricação e montagem de módulos que serão instalados no navio plataforma (FPSO) P-79. Foram as duas últimas entregas. O módulo 01, chamado de sistema Flare, que é responsável pela recuperação de parte do gás, reduzindo CO e CO₂ (emitidos para a atmosfera e envio do excesso para a queima) e, também, o módulo 10, responsável pelo processamento de óleo e tratamento de água produzida. Os equipamentos partiram rumo à Coreia do Sul, onde serão integrados ao projeto da Petrobrás. Em setembro, conforme noticiamos, o EBR entregou o módulo 04, a ser utilizado para a remoção de dióxido de carbono; o módulo 14, uma unidade composta por tanques de armazenagem de produtos químicos, bombas e laboratório para análises físico-químicas de todas as fases do processo; além do módulo 15, composto por equipamentos necessários para a produção e armazenamento de água, diesel e distribuição de ar (instrumento/serviço).

Durante a execução dos módulos, o EBR se tornou o primeiro estaleiro no Brasil a receber a certificação da SA8000, uma Norma Internacional dedefault Responsabilidade Social. Implementação de práticas e políticas de direitos humanos, de repúdio ao trabalho infantil e ao trabalho forçado são assumidas pela alta administração e divulgadas a todos os profissionais. Os módulos entregues pelo EBR farão parte da FPSO P-79, oitava unidade a ser instalada no campo de Búzios, o maior de petróleo em águas profundas do mundo. Está localizado na região do pré-sal da Bacia de Santos, a aproximadamente 200 km da costa do Rio de Janeiro, com início da produção previsto para 2025. A capacidade total de produção será de 180.000 barris de petróleo por dia, 7,2 milhões de m3 de gás diariamente. A operação de produção é de longo prazo (25 anos).

O Estaleiros do Brasil contempla uma área de aproximadamente 1,7 milhão de m², com instalações amplas e infraestrutura própria. Possui capacidade para processar cerca de 30 mil toneladas de topside por ano, com estruturas (workshop), oficina de tubulações (pipe shop), oficina climatizada de jateamento e pintura e área de montagem externa. Com um cais de 530 metros lineares e calado com 12 metros de profundidade, o estaleiro pode executar serviços de integração de plataformas do tipo FPSO, além de oferecer serviços de atracação e hibernação (lay-up) para outros tipos de unidades e operações de load in e load out de grandes módulos.