Com licenças de exploração em mãos, Potássio inicia perfuração de poços e mobiliza empresas para obras que vão durar 4 anos
FONTE: Revista OE.
Após longos 15 anos de tramitação, a Potássio do Brasil conquistou todas as licenças para a implantação do Projeto Autazes, no município de mesmo nome, no Estado do Amazonas. A 12ª licença, conquistada em junho, permite a exploração da silvinita, mineral que dá origem ao potássio, e que será feita em minas localizadas entre o Lago do Soares e Urucurituba, duas localidades dentro de Autazes, a 112 km de Manaus. Com todas as autorizações liberadas pelo órgão licenciador do Estado, o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM), a Potássio do Brasil informou que algumas obras já foram iniciadas e concluídas, como a perfuração de dois poços de captação de água potável, sendo cada um com cerca de 130 metros de profundidade.
A previsão agora é de iniciar outros serviços permitidos, tais como: de arqueologia, de resgate e manejo da fauna local, de supressão vegetal, de terraplanagem como parte da construção da mina, planta de beneficiamento e porto fluvial. “A gente vai começar imediatamente a mobilização de empresas para fazer essas primeiras atividades. Nós, inclusive, iremos gerar oportunidades de emprego e de renda na comunidade de Urucurituba”, detalhou o presidente da Potássio do Brasil, Adriano Espeschit, em entrevista à revista Minérios & Minerales, durante o 15º Workshop Opex. No evento, realizado pelo veículo em junho, em Belo Horizonte, o executivo palestrou no painel sobre Novos Projetos e anunciou, em primeira mão, sobre a 12ª licença de exploração.
Construção do projeto e o processo
A obra de implantação do Projeto Potássio Autazes tem previsão de duração de cerca de quatro anos. Para a exploração, serão dois poços profundos (shafts) que irão atingir cerca de 930 metros de profundidade, e o projeto ao todo vai ocupar cerca de 500 hectares na superfície, com as instalações da mina, da planta de beneficiamento, a estrada e o porto fluvial na margem esquerda do Rio Madeira, nas proximidades da Vila de Urucurituba.
O projeto prevê que o cloreto de potássio produzido deverá ser transportado por barcaças a partir de um porto privado a ser construído pela empresa, na margem do rio Madeira. Segundo a Potássio do Brasil, o método de extração da silvinita (composta por cloreto de sódio e cloreto de potássio) não deverá gerar danos ao meio ambiente. O método de lavra subterrânea será o de câmaras e pilares.
De acordo com Espeschit, a primeira etapa das obras de implantação deve durar cerca de seis meses, durante o qual irão aproveitar o período de seca para realizar diversas atividades. Na sequência, virá a escavação dos dois poços profundos, com shafts de 930 metros de profundidade, e, depois, a montagem da planta e a linha de transmissão. “Para a gente ter as primeiras produções no fim de 2028 e início de 2029”, complementou Adriano.
O início do projeto
O projeto Autazes, de US$ 2,5 bilhões de investimento, é desenvolvido pela Potássio do Brasil, que é subsidiária da Brazil Potash Corp. Fundada em 2009, a empresa iniciou, em 2013, os estudos ambientais para a instalação do projeto. A Potássio investiu cerca de US$ 230 milhões de dólares na fase de pesquisa mineral. As pesquisas identificaram uma reserva mineral lavrável de mais de 170 milhões de toneladas de cloreto de potássio. Este mineral está entre os fertilizantes de potássio mais usados.
Em 2015, a Agência Nacional de Mineração (ANM) aprovou a concessão da licença ambiental prévia dada pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM). Somente em abril deste ano, o IPAAM aprovou então a Licença de Instalação (LI) do projeto Autazes. A aprovação da LI foi possível após decisão, em segunda instância, do Tribunal Regional Federal da 1ª. região (TRF1) que derrubou uma decisão da juíza Jaíza Fraxe, que impedia o licenciamento ambiental do projeto, alegando que o IPAAM não teria competência para fazer o licenciamento e sim o Ibama.
“O ano de 2024 está sendo muito marcante para nós porque obtivemos estas licenças de instalação depois de um longo processo em termos de consulta ao povo Mura (população indígena de Autazes), que aprovou o projeto. Foi mais de 90% de aprovação”, lembrou Espeschit.
Oportunidades
Para os interessados em tornarem-se fornecedores do Projeto Potássio Autazes, a empresa mantém em seu site uma seção chamada “Seja parceiro”, onde poderão realizar seu cadastro on-line no link: https://potassiodobrasil.com.br/fornecedores/ .
Já os interessados em submeter currículo para ingressar em um emprego junto ao Projeto Potássio Autazes poderão fazer cadastro prévio para futura seleção no link: https://potassiodobrasil.com.br/trabalhe-conosco/