Petrobras estuda aproveitar plataformas que seriam desativadas para aumentar produção
Presidente da empresa diz que Brasil atingiu valores “intoleráveis” de novas plataformas. Análises sobre uso das estruturas antigas deve durar quatro meses.
FONTE: G1.com.
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou nesta segunda-feira (14) que a companhia quer reaproveitar plataformas que seriam desativadas para aumentar sua capacidade de exploração de petróleo.
Segundo a executiva, a empresa encomendou um estudo sobre a viabilidade de adaptar e manter essas plataformas. Essa análise deve durar quatro meses. Entre unidades incluídas nesse estudo estão as plataformas P-19, P-35, P-37e P-47.
“O Brasil precisa de plataformas mais em conta. Precisamos ser criativos, mas os fornecedores também, sob pena de se deixar para trás uma enorme reserva, algo que a Petrobras nem pensa em fazer”, disse Chambriard durante um café da manhã com jornalistas e com a diretoria da Petrobras. O evento foi realizado na sede da companhia, no Rio de Janeiro.
“O Brasil atingiu valores intoleráveis de plataformas, beirando US$ 4 bilhões para unidades que produzem 100 mil barris/dia”, acrescentou.
A executiva reiterou o compromisso de aumentar a produção de petróleo do país como prioridade da gestão atual, iniciada em maio.
Para isso, a companhia antecipou o início das operações no navio-plataforma FPSO Maria Quitéria. Inicialmente prevista para 2025, a embarcação deve começar a operar ainda neste ano, na porção capixaba da Bacia de Campos.
Transição energética
A presidente da Petrobras também falou sobre transição energética durante a coletiva feita nesta segunda-feira (14).
Chambriard antecipou que a Petrobras vai firmar um acordo com a Vale para descarbonizar as duas empresas. O projeto segue sem data para começar, mas vai priorizar o uso de combustível renovável nas frotas de caminhão e barcos das duas companhias.
A executiva ainda fez um balanço das primeiras realizações de nova administração da empresa. Ela assumiu a companhia em maio desta ano, após a demissão de Jean Paul Prates.
Desde então, afirmou, a Petrobras tem reforçado a meta de aumentar a exploração de petróleo e aprofundar estudos sobre transição energética.