Petrobras e Gerdau assinam acordo para estudo de negócios de baixo carbono

Parceria envolve modelos de negócios para a redução das emissões tanto do setor de petróleo e gás quanto da siderurgia

FONTE: Eixos.com.

BRASÍLIA – A Petrobras e a Gerdau firmaram memorando de entendimento para explorar potenciais parcerias quanto às estratégias de diversificação e descarbonização de ambas as empresas.

O diretor de Transição Energética da petroleira, Maurício Tolmasquim, disse que a parceria envolve a avaliação de potenciais modelos de negócio para combustíveis de baixo carbono, hidrogênio e seus produtos e CCS. “Também inclui projetos de P&D relativos à integridade de materiais em ambiente marítimo e de produção de aço via “redução direta” a gás natural”, destaca.

O processo de redução direta é uma alternativa ao processo de produção de aço convencional, que utiliza gás natural em vez de carvão.

Em junho, a siderúrgica contratou a Petrobras para o suprimento de gás natural à Cosigua, usina localizada no Rio de Janeiro e que produz aços longos em Santa Cruz, no Rio de Janeiro (RJ). Esta é a primeira migração de um consumidor de gás cativo para o mercado livre no estado.

A siderúrgica é cliente da petroleira desde 2021. A parceria teve início com o atendimento à unidade da Gerdau localizada em Ouro Branco (MG) e, agora, está sendo expandida para a Cosigua.

A migração da Gerdau se dá também depois de a Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro (Agenersa) aprovar, em abril, o modelo do novo Contrato de Uso do Sistema de Distribuição (CUSD) – o contrato assinado entre usuários livres e a concessionária estadual de gás canalizado pelo uso da rede.

A Gerdau é uma das pioneiras do mercado livre de gás no Brasil, ao lado da Unigel.

De acordo com Flávia Souza, diretora global de energia e suprimentos da Gerdau, a produtora avança em seu compromisso de reduzir ainda sua intensidade de emissões de gases de efeito estufa (GEE), que atualmente é de 0,91 tonelada de CO₂ equivalente por tonelada de aço, para 0,82 até 2031.

“Parcerias como esta contribuem para o desenvolvimento de tecnologias e iniciativas que visam uma economia de baixo carbono, criando avenidas de oportunidade para a descarbonização da indústria do aço”, afirma Flávia.