Na semana passada, alguns empresários, acompanhados de representantes da Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná), integrantes do poder executivo de Pitanga e diretores visitaram a empresa GNLLink e a Barra Bonita Óleo e Gás, na comunidade de Barra Bonita em Pitanga, para conhecer a planta que vai realizar a liquefação do gás natural e comercializar para indústrias interessadas de todo o Paraná. Atualmente, o gás extraído do poço no município é utilizado para a geração de energia elétrica, por meio da termoelétrica, localizada no trevo de acesso a Pitanga, ao lado da subestação da Copel.

A empresa fez um investimento de aproximadamente R$ 150 milhões para a instalação dos equipamentos que irão fazer a compressão do gás. “Nesse processo, o volume do gás é reduzido em até 600 vezes para que ele possa ser transportado pelos caminhões e viabilizar o transporte, ficando mais barato para quem vai adquirir”, cita o prefeito de Pitanga, Maicol Barbosa. Ele destaca que, neste processo, um caminhão que antes transportaria 7 mil m³ de gás consegue levar até 40 mil m³, reduzindo o custo. A expectativa é que a ANP (Agência Nacional do Petróleo) conceda as licenças para o início das atividades ainda no mês de setembro.

Inicialmente, a comercialização do gás deve acontecer para indústrias interessadas que estejam em um raio de até mil quilômetros do poço e não são atendidas por gasoduto, que contempla boa parte da região norte e centro-oeste do Paraná. “As principais aplicações devem ocorrer na indústria, substituindo a queima de lenha e matéria orgânica”, cita o prefeito.

O poço de gás de Barra Bonita é o único em operação atualmente no sul do Brasil e esse projeto de compressão do gás também é piloto no Paraná e a segunda planta do tipo no Brasil. “Nós acreditamos que trará inúmeros benefícios para a região, seja na geração de impostos e empregos e no potencial de industrialização para a região, somado ao projeto de duplicação da rodovia PR-466”, pontua o prefeito. Atualmente, a empresa gera, em todo o processo, cerca de 90 empregos diretos, incluindo a termoelétrica. Mas Maicol Barbosa acredita que, em um futuro próximo, este número possa dobrar e, conforme aumentar o interesse de outras indústrias em utilizar essa fonte de energia, outras empresas podem se instalar em Pitanga.

A GNLLink faz parte de um grupo de empresas com sede no Rio de Janeiro e tem mais de 70 anos de atividade em diversas áreas de exploração. Ela é a primeira a trabalhar com o gás natural no Brasil, mas conta com outras atividades. “Pitanga tem um grande potencial energético e com a exploração do gás, uma fonte importante de energia quente, que pode ser utilizada em diversas aplicações e com a duplicação, iremos nos tornar um importante entroncamento rodoviário e, além disso, teremos também a pavimentação entre Mato Rico e Roncador e isso trará desenvolvimento para toda a região”, salienta o prefeito.

Ainda existem outros poços na região de Barra Bonita que podem ser explorados e o prefeito acredita que empresa tem potencial de exploração do gás por cerca de 50 anos. “Para o ano de 2025, já existe uma expectativa de investimento de mais R$ 150 milhões para dobrar a produção do gás natural”, frisa.