Produção mineral deverá crescer e se diversificar nos próximos anos
Produção mineral deverá crescer e se diversificar nos próximos anos
FONTE: Brasil Mineral.
Produção Mineral Brasileira registrou um pequeno recuo em valor (-0,7%) no ano de 2023, somando R$ 248,2 bilhões. Em 2022, o total da produção foi de R$ 250 bilhões. Em termos de bens minerais, a produção foi liderada pelo minério de ferro, que respondeu por R$ 155,8 bilhões, vindo a seguir o ouro e prata, com R$ 21,1 bilhões, cobre (R$ 17,2 bilhões), rochas britadas e cascalho (R$ 14,6 bilhões), calcário (R$ 8,6 bilhões), níquel (R$ 6,1 bilhões), bauxita (R$ 5,2 bilhões), fosfato (R$ 2,7 bilhões) e lítio (R$ 2,3 bilhões). Para os próximos anos, há perspectivas de que o valor da produção mineral brasileira aumente de forma expressiva, como resultado dos investimentos que estão sendo realizados pelas empresas, seja em segmentos tradicionais, como o minério de ferro e ouro, ou em bens minerais requeridos para a transição energética, como cobre, níquel, lítio, terras raras e grafita.
Levantamento do Ibram indica que deveriam ser investidos, no período 2024- 2028, valores da ordem de US$ 64,5 bilhões, direcionados aos diversos segmentos. O minério de ferro concentra o maior volume de investimentos previstos, com US$ 17,277 bilhões, ou 26,8% do total. Em seguida estão os projetos socioambientais, principalmente destinados a projetos de descaracterização de barragens de rejeitos e mudanças nos processos de beneficiamento do minério, a fim de evitar o envio de rejeitos para barragens. Esses projetos deverão ter investimentos totais, no período, de US$ 10,671 bilhões (16,6% do total). A área de logística, com destaque para ferrovias e portos, deverá ter US$ 10,362 bilhões, o que corresponde a 16,1% do montante total previsto. Na sequência, estão os investimentos em projetos de cobre (US$ 6,744 bilhões), fertilizantes (US$ 5,581 bilhões), níquel (US$ 4,440 bilhões), bauxita (US$ 1,818 bilhão), ouro (1,541 bilhão), terras raras (US$ 1,456 bilhão), lítio (US$ 1,190 bilhão), titânio (US$ 600 milhões), manganês (US$ 249 milhões), zinco (US$ 59 milhões) e projetos para produção de outros minerais (US$ 2.372 bilhões).
Além de aumentar o valor da produção mineral, esses investimentos devem contribuir para a diversificação da cesta de produtos minerais ao longo dos próximos anos, agregando os minerais considerados estratégicos para a transição energética. Embora, por enquanto, minério de ferro, ouro, bauxita e calcário ainda sejam predominantes na produção mineral do País, outros minerais como cobre, nióbio, níquel, lítio e terras raras ganham relevância e já começam a figurar entre principais substâncias minerais produzidas no Brasil. Nas exportações, o cobre, o ouro, o níquel e o nióbio também já são destaques dentre os minerais comercializados no exterior, dando sua contribuição para o saldo da balança comercial brasileira.