Sergipe Oil & Gas destaca potencial em exploração e produção no estado
Evento é organizado pelas empresas Brainmarket, Eolus e Austral, com apoio do Governo de Sergipe
FONTE: TN Petróleo.
O potencial energético de Sergipe foi discutido logo após a cerimônia de abertura do Sergipe Oil & Gas 2024 (SOG), realizado nesta quarta-feira, 24, no Centro de Convenções AM Malls, em Aracaju. O evento, que é organizado pelas empresas Brainmarket, Eolus e Austral com apoio do Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec), visa discutir temas fundamentais para os agentes envolvidos no setor de petróleo e gás natural.
O Congresso SOG foi iniciado com o ‘Momento BNB’, com a palavra do superintendente do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), César Santana. Em seguida, houve o painel ‘Potencial do E&P em Sergipe’, com apresentações do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP); da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Brasil (ANP); da Fundação Getúlio Vargas (FGV Energia) e da Petrobras.
Responsável pela introdução e moderação do painel, o presidente do IBP, Roberto Ardenghy, destacou em sua apresentação a modernização na legislação de Sergipe no setor. “Estamos na expectativa de produzir 240 mil barris de petróleo e 18 milhões de metros cúbicos de gás natural, uma produção importante para o Brasil e para Sergipe, gerando royalties, emprego e economicidade. Essa é uma indústria que tem efeito cascata sobre outros setores da economia, desde uma dona de restaurante até um grande equipamento de metalurgia. A partir daí, tem a realidade da regulação e do ambiente de negócios, e essa realidade aqui em Sergipe é muito positiva”, disse.
Logo após, o diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboia, ressaltou a importância de Sergipe e da região Nordeste para o cenário energético nacional. “O mundo está entrando num cenário de transição energética, e um estado que tem o potencial de produção de gás natural já tem a característica de ser um combustível da transição pela sua menor pegada de carbono. Um evento deste é extremamente apropriado para que negócios possam se desenvolver. Esse é um setor intensivo em capital, e é importante que órgãos governamentais estejam aqui para fornecer a estabilidade, a previsibilidade e a transparência necessários para dar segurança aos investidores”, colocou.
O painel teve continuidade com a apresentação do pesquisador da FGV Energia, João Victor Marques Cardoso, que expôs o estudo intitulado ‘Análise do Impacto Econômico dos Investimentos de Óleo e Gás no Estado de Sergipe’. O trabalho aponta um diagnóstico detalhado sobre o impacto econômico dos investimentos no mercado de gás em Sergipe e revela as principais oportunidades e barreiras proporcionadas pelo setor. Para a pesquisa, foram coletadas informações sobre regulação, tributação, infraestrutura, competitividade e tarifas no segmento, com cerca de 40 entrevistas a agentes do mercado de gás.
“A FGV Energia fez um estudo com bastante participação dos sergipanos. Um dos resultados foi o cálculo de multiplicação de investimentos: cada um bilhão de reais investido nos campos offshore em Sergipe pode gerar 1,3 bilhão para o PIB e quase sete mil empregos. Com um potencial de produção que pode representar cerca de um terço da demanda nacional atual de gás, Sergipe tem uma grande oportunidade de consolidação no cenário nacional e até internacional”, explicou o pesquisador da FGV.
Ao longo do debate, foi contextualizado o setor energético e as oportunidades de investimentos em Sergipe, principalmente ligadas às áreas de petróleo e gás.
Finalizando o primeiro painel do SOG 2024, o gerente executivo de exploração da Petrobras, Jonilton Pessoa, apresentou as atualizações da execução do projeto Sergipe Águas Profundas (Seap), que representa a exploração de uma nova fronteira de petróleo e gás natural no país. Em plena operação, o Seap terá a capacidade de disponibilizar ao mercado 240 mil barris de petróleo por dia e 18 milhões de metros cúbicos de gás por dia. Além disso, o projeto contará com um gasoduto de escoamento.
“Em 1963, tivemos a descoberta do campo Carmópolis em Sergipe, um marco para a história da exploração no Brasil. Essa história prosseguiu, de modo que, em 2021, tivemos a declaração de comercialidade de sete campos em águas ultraprofundas de Sergipe. Isso mostra a importância histórica e estratégica do estado no cenário de petróleo, gás e energia para o país”, resumiu.
O primeiro dia do Sergipe Oil & Gas teve continuidade pela tarde, incluindo os painéis ‘Desafios e oportunidades no Mercado de Gás Natural em Sergipe’ e ‘Atividade exploratória em Sergipe’. Além do Congresso SOG, o evento conta com diversas atividades e apresentações nas arenas Comercial, ESG, Inovação, Rodada de Negócios, entre outros espaços.
Presenças
Além de diversas empresas e agentes relacionados ao setor, órgãos vinculados à Sedetec também prestigiaram o Sergipe Oil & Gas 2024, como a Companhia de Estado do Desenvolvimento Econômico de Sergipe (Codise), a Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (Fapitec/SE) e o Instituto Tecnológico e de Pesquisas do Estado de Sergipe (ITPS).
“Todo o país tem demonstrado que Sergipe é a nova fronteira de exploração de energia do país. Sergipe está sendo a janela de desenvolvimento tecnológico e de garantia da segurança energética com o desenvolvimento desses campos gigantes de gás. Além disso, Sergipe está estruturando toda a política de inovação do estado para garantir que todas as oportunidades sejam transformadas em desenvolvimento e crescimento para a população sergipana”, considerou o presidente do ITPS, Denisson Salustiano.