Plano decenal de energia prevê pico de produção de petróleo em 2029 e reforça necessidade de explorar novas fronteiras
FONTE: Petronotícias.
O Brasil deve alcançar um pico de produção de 5,3 milhões de barris de petróleo por dia em 2029, seguido de um período de declínio na extração do insumo nos anos seguintes. O dado foi apresentado nesta semana no Caderno de Previsões da Produção de Petróleo e Gás Natural, que faz parte dos estudos do Plano Decenal de Expansão de Energia 2034 (PDE 2034). O documento, elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), diz que o patamar acima da casa dos 5,3 milhões de barris diários não se sustentará nos anos posteriores, mesmo com a entrada em produção de recursos ainda não descobertos, quando considerado o conhecimento disponível no momento da elaboração do estudo. O caderno completo está disponível no site da EPE.
A EPE sublinha que desde o PDE 2031 se observa o início de declínio na previsão de produção de petróleo. Esse recuo reflete a queda das atividades exploratórias nos últimos anos, como por exemplo a diminuição da perfuração de poços exploratórios. E em razão de tempos que podem variar de 3 a 5 anos (onshore) ou de 7 a 10 anos (offshore) entre o início da fase de exploração e o início da produção, em áreas de novas fronteiras, a EPE destaca que “há necessidade imediata do esforço exploratório para conter o declínio da produção prevista para os próximos anos”.
O estudo estima uma produção de petróleo de 4,4 milhões de barris por dia em 2034. O Pré-sal continuará contribuindo com a maior parte da produção de petróleo, com cerca de 76% da produção nacional naquele ano. Para 2034, é esperado um crescimento de 46% na produção onshore de petróleo equivalente no Brasil, em relação àquela realizada em 2023.
A produção bruta estimada de gás natural é de 315 milhões de m³/dia em 2034, com pico de 316 milhões de m³/dia em 2031. Assim como no petróleo, o Pré-sal continuará contribuindo de forma significativa na produção bruta de gás nos próximos dez anos, representando cerca de 80% da produção nacional em 2034. No final do decênio estima-se um pico na produção líquida de gás de 134 milhões de m³/dia, sendo a contribuição do Pré-sal de aproximadamente 60% da produção líquida de gás natural em 2034.