Produção de biocombustíveis e expansão da matriz elétrica no Brasil registram novos recordes
FONTE: Petronotícias
A fabricação de biocombustíveis no Brasil alcançou um marco inédito em 2023, evidenciando um crescimento significativo no setor e uma maior diversificação das fontes de energia renovável no país. A produção conjunta de etanol e biodiesel totalizou quase 43 bilhões de litros, estabelecendo um recorde histórico. As informações constam no Anuário Estatístico Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis 2024, publicado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).
Um dos pontos de destaque do relatório é o etanol, que registrou um aumento de 15,5%, somando 35,4 bilhões de litros produzidos. A produção de etanol anidro, que é misturado à gasolina nos postos, subiu 13,5% em comparação ao ano anterior, enquanto a de etanol hidratado, vendido separadamente nas bombas, cresceu 16,8% no mesmo período. A região Sudeste liderou a produção nacional de etanol, com um volume de 17,2 bilhões de litros, representando 48,5% da produção brasileira. Outros aumentos significativos foram observados nas regiões Nordeste, Sul e Centro-Oeste.
No segmento de biodiesel, a produção nacional ultrapassou 7,5 bilhões de litros, impulsionada pelo aumento do percentual obrigatório de mistura ao diesel para 12%, vigente a partir de 1º de abril de 2023. A região Sul se destacou como a maior produtora, com 3,1 bilhões de litros, seguida pela região Centro-Oeste, que produziu 3 bilhões. O biometano, outro biocombustível relevante, também apresentou um crescimento expressivo. Em 2023, a produção atingiu 74,9 milhões de m³, representando um aumento de 12,3% em comparação ao ano anterior.
EXPANSÃO DA MATRIZ ELÉTRICA NO PRIMEIRO SEMESTRE DO ANO
O Ministério de Minas e Energia anunciou hoje (18) que o Brasil fechou o primeiro semestre de 2024 com um acréscimo de 5,7 Giga watts (GW) de potência instalada na matriz elétrica brasileira. O volume representa um recorde recorde dos últimos 27 anos, de acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). O crescimento foi puxado pelas 168 novas usinas que entraram em operação nesse período.
A meta de expansão da geração de energia elétrica do país para este ano é de 10,1 GW. Em 2023, o país registrou um acréscimo de 10,3 GW na matriz elétrica, apesar de um crescimento mais modesto no primeiro semestre em comparação com este ano. Somente em junho, houve um incremento de 889,51 megawatts (MW) de potência instalada, com a entrada em operação de 27 novas usinas, incluindo 13 eólicas, 10 fotovoltaicas e 4 termelétricas.
Conforme dados da ANEEL, as principais fontes renováveis que compõem a matriz de energia elétrica centralizada atualmente são: hídrica, com 53,88% do total; eólica, com 15,22%; e biomassa, com 8,31%. Entre as fontes não renováveis, as maiores são: gás natural, com 8,78%; petróleo, representando 3,92%; e carvão mineral, equivalente a 1,7%. A compilação dessas informações pela agência começou em 1997, ano da sua criação.