A Appian Capital Brazil vai investir R$350 milhões em mina de grafite na Bahia olhando o mercado de produção de baterias
FONTE: Petronotícias
A Appian Capital Brazil dá um importante passo em sua estratégia de expansão nacional com a implantação de uma operação de grafite no Brasil. Após investimento na Graphcoa, novo ativo do grupo com gama de projetos minerários de grafite no Sul da Bahia e no Norte de Minas Gerais, o fundo de investimento privado especializado em mineração deu início a construção de uma planta de demonstração para beneficiamento de grafita. Para lembrar, em novembro de 2022, a Appian Capital Advisory LLP consolidou uma joint-venture formando a Graphcoa, uma empresa com depósitos de grafite promissores estrategicamente localizada no Brasil. Para isso, o fundo está aplicando R$ 350 milhões na mina Boa Sorte, localizada no distrito de União Baiana, município de Itagimirim (BA). Inicialmente, a unidade terá capacidade de produção de 5,5 mil toneladas por ano. Com isso, a Graphcoa poderá se tornar um dos principais produtores de grafita no Brasil, capaz de fornecer material para a produção de ânodos de grafite, a fim de abastecer a demanda das grandes fabricantes de baterias de veículos elétricos no país e no mundo.
Com esse propósito, a Appian calcula a criação de cerca de 300 postos de trabalho diretos em seu pico de obra da planta de demonstração da Graphcoa, como explica Paulo Castellari, CEO da empresa: “Este é um marco significativo para o Grupo Appian. Somado aos atuais ativos de cobre e níquel sulfetado do nosso portfólio, esse novo mineral crítico ampliará a atuação do Grupo no setor de metais estratégicos”. O investimento na Graphcoa e a construção da planta para produção de concentrado de grafite também posicionam o Brasil – que possui aproximadamente 26% das reservas mundiais de grafite – como um ator cada vez mais relevante na transição energética e no desenvolvimento econômico sustentável. “O grafite esférico, produto final produzido a partir do grafite que será lavrado em nossos projetos, representa 95% dos ânodos de baterias de veículos elétricos e irá abastecer a crescente demanda global por eletrificação“, conclui.
No primeiro trimestre de 2025, o concentrado de grafite será submetido para avaliação da qualidade por clientes estratégicos e o potencial definitivo da escala de produção da planta será identificado antes da construção do empreendimento em seu porte final. Com isso, estima-se que a Graphcoa poderá ter sua capacidade total de produção ampliada de 5,5 mil toneladas anuais para até 25,5 mil toneladas anuais de grafita, com potencial para aumentar a produção por meio de outros projetos do portfólio. Isso dependerá dos estudos de viabilidades que serão finalizados em 2025 para aprovação do investimento. Caso os estudos confirmem a viabilidade da expansão do empreendimento, os investimentos para a extração de grafita podem chegar até a R$ 1,5 bilhão. O Grafite é uma importante commodity para a transição energética com grande potencial de produção no Sul da Bahia e regiões no entorno. O grafite desempenha um importante papel na produção das baterias utilizadas nos veículos elétricos, sendo necessário em torno 68 quilos do mineral para cada bateria.