Investimentos de montadoras no Brasil ultrapassam os R$ 100 bilhões; veja números de cada uma
Com anúncios da Stellantis e Toyota nesta semana, soma de investimentos das montadoras de veículos leves no Brasil para a década atual soma R$ 104,8 bilhões
FONTE: Valor Econômico
Com os investimentos anunciados pela Stellantis e pela Toyota nesta semana, a soma de investimentos das montadoras de veículos leves (automóveis e comerciais) no Brasil para a década atual soma R$ 104,8 bilhões. O valor inclui programas anunciados no início da década, e que já estão em fase final, com os novos ciclos, em grande parte revelados por essas empresas nas últimas semanas.
Confira abaixo os recentes investimentos das montadoras no Brasil:
- Stellantis: R$ 30 bilhões
O novo plano da Stellantis para o Brasil vai somar R$ 30 bilhões no período entre 2025 e 2030 e será praticamente todo direcionado à produção de carros híbridos movidos a etanol. O primeiro deles começará a ser produzido e vendido no segundo semestre deste ano.
- Toyota: R$ 11 bilhões
Toyota definiu um pacote de investimentos de R$ 11 bilhões para o Brasil entre 2024 e 2030, o maior da sua história de 66 anos no país. Parte dos novos investimentos será destinada a uma reestruturação industrial, que prevê o fechamento da fábrica de Indaiatuba (SP) e ampliação da capacidade em Sorocaba (SP), além do desenvolvimento de novos veículos híbridos flex.
- Volkswagen: R$ 16 bilhões
Além dos aportes anunciados de R$ 7 bilhões que haviam sido anunciados em 2021 e que se esgotam em 2026, recentemente a montadora anunciou mais R$ 9 bilhões até 2029. Com os novo ciclo, a Volks pretende desenvolver uma plataforma totalmente nova para a produção de veículos híbridos a etanol. O novo motor híbrido será produzido na fábrica de motores que a empresa tem em São Carlos (SP).
- General Motors: R$ 17 bilhões
No começo de fevereiro, o presidente da divisão internacional da americana General Motors, Shilpan Amin, esteve em Brasília para comunicar o investimento de R$ 7 bilhões nos próximos quatro anos. Os novos recursos se somam aos R$ 10 bilhões que foram anunciados no início da década e que se esgotam neste ano.
- Hyundai: R$ 5,45 bilhões
O presidente mundial da coreana Hyundai, Eui-sun Chung, anunciou ao governo brasileiro, em fevereiro, o compromisso de investir em novas tecnologias para carros híbridos, elétricos e movidos a hidrogênio verde. Desde 2012 a montadora tem uma fábrica em Piracicaba (SP), onde produz o HB20 e o Creta.
- Renault: R$ 5,1 bilhões
Em outubro do ano passado a francesa Renault anunciou um investimento global de 3 bilhões de euros para renovar as linhas de montagem em países fora da Europa. O Brasil receberá cerca de R$ 2 bilhões deste aporte. Com os valores programados nos últimos anos o total dos investimentos chega a R$ 5,1 bilhões.
- Nissan: R$ 2,8 bilhões
No início de novembro, o presidente mundial da Nissan, Makoto Uchida, anunciou investimento adicional de R$ 1,5 bilhão ao plano definido no ano passado. Com isso, a fábrica de Resende (RJ), inaugurada há dez anos, receberá R$ 2,8 bilhões entre 2023 e 2025. O plano contempla a produção de dois novos utilitários esportivos.
- CAOA: R$ 4,5 bilhões
A brasileira CAOA espera investir cerca de R$ 1,5 bilhão na fábrica de Anápolis (GO) para incrementar a produção da marca chinesa Chery e também da coreana Hyundai, que refez contrato de parceria com o grupo brasileiro. Os planos de eletrificação e produção de modelos híbridos envolvem, ainda, um aporte de R$ 3 bilhões, anunciado em agosto. Os recursos serão aplicados até 2028.
- BYD: R$ 3 bilhões
A fabricante chinesa de carros elétricos tem um plano ambicioso para o Brasil. A montadora deu a largada nesta semana nas obras da nova fábrica em Camaçari (BA) para produção de veículos híbridos e 100% elétricos. Os investimentos para a primeira etapa somam R$ 3 bilhões.
- Great Wall Motor (GWM): R$ 10 bilhões
A montadora chinesa Great Wall Motor, que começará a produzir modelos híbridos este ano, tem um plano de investimento total no país de R$ 10 bilhões. Cerca de R$ 4 bilhões estão sendo investidos na fábrica em Iracemápolis (SP) até 2025. Outra parcela de R$ 6 bilhões deve ser aplicada até 2032.
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