Brasil bate recorde de expansão da geração elétrica em 2023
Foram instaladas 291 usinas, com 10,3 GW de capacidade de geração de energia elétrica
FONTE: EPBR
O Brasil instalou 291 usinas, com 10,3 GW de capacidade de geração de energia elétrica, em 2023 — o maior crescimento anual da série histórica da Aneel, iniciada em 1997.
– As eólicas responderam por quase metade da potência instalada no último ano, seguidas de perto pelas solares. Foram 140 novos parques, com 4,9 GW de capacidade, o equivalente a 47,65% do total da expansão.
– A energia solar ficou em segundo lugar, com 104 centrais fotovoltaicas (4,0 GW), seguida por 33 termelétricas (1,2 GW), 11 PCHs (158 MW) e três CGHs (11,4 MW).
– As novas usinas entraram em operação em 19 estados das cinco regiões brasileiras.
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Lideram a lista: Bahia (2.614 MW), Rio Grande do Norte (2.278,5 MW) e Minas Gerais (2.025,7 MW).
O país chegou a 199.324,5 MW de capacidade instalada, de acordo com dados do Sistema de Informações de Geração da Aneel, o Siga. Desse total, 83,67% das usinas são consideradas renováveis.
Petróleo cai. Os contratos futuros de petróleo caíram nesta terça-feira (2/1) após ensaiar uma alta, em meio a ataques de rebeldes houthis no Mar Vermelho.
– O WTI para fevereiro fechou em queda de 1,77%, a US$ 70,38 o barril. O Brent para março caiu 1,49%, a US$ 75,89 o barril.
Paridade internacional. Os preços da gasolina e do diesel no Brasil entraram em 2024 praticamente em paridade com os preços do mercado internacional, segundo dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).
– Levantamento do Ineep a pedido da Folha mostra que a Petrobras manteve o preço dos combustíveis mais baratos que os internacionais ao longo de 2023, mas sem se descolar demais do mercado.
ANP homologa leilão. A agência publicou no Diário Oficial da União a homologação do resultado do 2º Ciclo da Oferta Permanente de Partilha da Produção. Nesse leilão, a BP Energy arrematou sozinha o bloco de Tupinambá, na Bacia de Santos.
– A BP ofereceu 6,5% de excedente de óleo à União e pagou bônus de assinatura de R$ 7 bilhões.
Descarbonização acelerada. A agenda da descarbonização tende a acelerar nos próximos anos, afirmou o CEO da Vibra Energia, Ernesto Pousada. Ele cita que os caminhos apontados na 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, sugerem que o mundo passará por uma desaceleração do consumo de combustíveis fósseis.
– “O combustível fóssil vai ficar conosco ainda por muito tempo, mas vamos ver crescendo cada vez mais a energia renovável”, disse o executivo, ao participar do painel de abertura do seminário O Futuro da Energia Vem de Vibra, apresentado pela agência epbr.
Neutralidade para o SAF. O diretor do Departamento de Combustíveis do Ministério de Minas e Energia, Renato Dutra, defendeu que o projeto de lei do Combustível do Futuro, encaminhado pelo governo ao Congresso, acertou ao optar pelo mandato por redução de emissões para o setor aéreo, com neutralidade tecnológica.
– “Se olharmos que o nosso inimigo é o carbono, nós temos que ter diversas estratégias possíveis para combater esse inimigo”, disse Dutra, ao participar do painel “Os Combustíveis do Futuro”, no seminário O Futuro da Energia Vem de Vibra, apresentado pela agência epbr.
São Paulo muda regras do gás. A Arsesp, agência reguladora paulista, publicou a atualização das regras para o mercado livre de gás natural nas áreas de concessão do estado.
– Uma das mudanças é a possibilidade de rescisão antecipada dos contratos de fornecimento firmados com o mercado cativo, atendido pelas três concessionárias do estado: Comgás, Necta e Naturgy.
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A Comgás, a maior distribuidora do país, e a Necta são controladas pelo grupo Cosan, por meio da Compass e da Commit, respectivamente.
– Outra flexibilidade é a possibilidade de retornar do livre para o cativo em prazo reduzido, de dois anos para três meses na nova regulamentação.
Comerc e Itaú juntos. A Comerc, da Vibra Energia, fechou uma parceria com o Itaú para atuar no mercado livre de energia. As empresas pretendem explorar a abertura iniciada este ano para captar clientes do banco que estão hoje no mercado cativo e podem migrar para o livre.
– A parceria com o Itaú será desenvolvida em até três etapas. Inicialmente, uma parceria comercial, depois uma associação em formato de profit sharing e, posteriormente ou alternativamente, uma joint venture.
Opinião: Perspectivas do setor elétrico para 2024 Equilíbrio entre modernização, sustentabilidade e segurança energética deverá ser cuidadosamente alinhado, escreve João Carlos Mello.
BYD passa Tesla. A BYD se tornou a maior fabricante de carros elétricos do mundo, ultrapassando a Tesla no último trimestre do ano passado, informou a empresa na terça-feira (2/1).
– A gigante chinesa fabricou 526 mil veículos exclusivamente elétricos no quarto trimestre, enquanto a americana entregou 484 mil carros.
- Ao logo de 2023, a BYD vendeu 1,6 milhão de veículos totalmente elétricos e mais 1,4 milhão de híbridos, um aumento de 62% em relação a 2022.